Gafe custa caro para CazéTV no primeiro final de semana da Olimpíada

A CazéTV até saiu com saldo positivo do primeiro final de semana da Olimpíada de Paris. O canal de Casimiro Miguel evoluiu consideravelmente em relação à transmissão de outros eventos esportivos e conseguiu audiência expressiva. Uma gafe, porém, acabou marcando negativamente a cobertura --repetindo um erro que a Globo já havia cometido na Copa do Mundo de 2022.

A influenciadora Nathaly Dias se tornou um dos assuntos mais comentados no X por causa de um "climão" no Zona Olímpica. Ela insistiu em comentar a vida pessoal das atletas da Seleção Brasileira de vôlei feminino, mesmo com todos os colegas insistindo para mudar de assunto --principalmente a jogadora Adenizia Ferreira.

Uma falha que rendeu ataques desproporcionais a Nathaly nas redes e também uma nota da própria CazéTV reforçando que o "programa pretende ser alegre, mas não pretende fofocar com ninguém".

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Mais do que a insistência da convidada, houve um erro claro da própria direção, que deixou o assunto correr solto e não agiu para cortar o mal pela raiz. Uma situação que até o Fofocalizando, citando como exemplo negativo na discussão, sabe contornar bem.

Qualquer transmissão ao vivo vai sofrer com possíveis gafes ou falhas técnicas, mas a questão é que a repercussão negativa ofuscou pontos positivos da cobertura realizada pela CazéTV durante o fim de semana.

A situação, até injustamente, acabou se sobressaindo mais do que o esforço para melhorar a qualidade da transmissão após críticas à pouca assertividade dos comentaristas em eventos passados. A iniciativa de incentivar o público a seguir os atletas olímpicos nas redes também ficou em segundo plano.

Dessa forma, a CazéTV acabou repetindo o erro da Globo, que trouxe a cantora Jojo Todynho e a atriz Deborah Secco para diversificar os comentários sobre a Copa do Mundo de 2022. Elas realmente conseguiram aumentar a repercussão do Central da Copa nas redes sociais, mas pelos motivos errados.

A emissora obviamente tem uma abordagem e um público muito mais conservador do que o canal de Casimiro, o que acaba salientando muito mais a falha. A transmissão online derrapou justamente naquilo que sempre deu certo e se tornou até uma marca registrada.

A Olimpíada ainda está longe de acabar, e a CazéTV ainda tem bastante espaço para ampliar os elogios à sua cobertura. O desafio é que, agora, há uma desconfiança --de parte do público e da crítica-- sobre aquilo que deveria ser um trunfo.