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SEM QUEIXA

Agredido por torcedores, Luan pode processar o Corinthians por perseguições?

FELIPE SZPAK/AGÊNCIA CORINTHIANS

Luan Guilherme em treinamento no Corinthians

Luan Guilherme: jogador de futebol agredido por torcedores do Corinthians não registrou queixa

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 6/7/2023 - 6h40

Luan, meia do Corinthians, foi perseguido por torcedores do próprio clube e agredido em motel na Barra Funda, em São Paulo. Apesar de o episódio ter ocorrido por causa de uma insatisfação de parte do Timão pelo rendimento dele em campo, o jogador de futebol não pode culpar judicialmente o Corinthians pelas ações trágicas.

Em casos extremos de agressão e ameaça, a primeira medida a ser tomada é comunicar os fatos à polícia. Luan não fez isso, mas ainda pode registrar uma queixa e dar entrada em um processo judicial por danos morais --isso porque existem provas, como vídeos, fotos e áudios.

A advogada Luciana Padilla Guardia, do escritório Martins Cardozo Advogados Associados, explica ao Notícias da TV que o atleta deveria ter se dirigido ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de lesão corporal. Segundo o UOL, ele não prestará queixa.

"O Corinthians não pode ser responsabilizado, uma vez que os fatos ocorridos não eram previsíveis ao clube e evitáveis. Ademais, as agressões ocorreram em local adverso a onde o jogador exerce suas atividades profissionais. Por isso, entendo que não há como responsabilizar o Corinthians por fatos que não tinha como este impedir", aponta a especialista.

"Caso seja constatado que o jogador sofreu lesões de natureza leve, e Luan opte por não representar criminalmente contra os indivíduos responsáveis pela agressão, a ação penal não terá seguimento. Por outro lado, diante da independência das esferas cível e criminal, nada impede que ele eventualmente ajuíze uma ação cível por danos morais em face dos responsáveis", completa Luciana.

O que diz o Corinthians?

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou à reportagem que as imagens das câmeras do motel serão analisadas pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).

"Como se trata de um caso de lesão corporal, é necessário que haja representação criminal para que as investigações possam prosseguir, de acordo com o artigo 88, da Lei 9.099/95 . A autoridade policial está à disposição para auxiliar o jogador, o clube e o estabelecimento no esclarecimento dos fatos", disse a SSP-SP em nota.

O Corinthians lamentou as notícias sobre as agressões. O clube informou que recebeu todo o ocorrido com "indignação" e que está oferecendo apoio ao jogador para que que sua integridade física e mental seja preservada:

"O Sport Club Corinthians Paulista acompanha a apuração dos fatos e está oferecendo todo o suporte necessário ao jogador, como sempre fez desde a sua chegada, em 2020.

Depois de mais um repugnante caso de violência, o Corinthians lamenta o atual momento de intolerância que domina o futebol brasileiro. Nada justifica a agressão covarde sofrida pelo atleta."


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