NOVO PROJETO
Reprodução/TV Globo
Tino Marcos em reportagem exibida no Globo Esporte em março deste ano: ele vai ficar longe da seleção
Repórter que mais acompanhou a Seleção Brasileira nos últimos 30 anos, Tino Marcos vai se afastar dos gramados em 2020, ano em que começam as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2022. Também não deve ir à Olimpíada de Tóquio, no meio do ano que vem. Um novo projeto o aguarda na Globo, e sobre isso ele ainda faz mistério.
O jornalista de 57 anos, um dos principais nomes da cobertura esportiva nacional, encontra-se desde julho em um período sabático. Ele volta a trabalhar na Globo em janeiro, e nega que seja como freelancer, como foi noticiado nesta semana. "Não é bem isso, não. Sigo funcionário da Globo", diz com exclusividade ao Notícias da TV.
Segundo fontes na Globo, Tino Marcos queria parar totalmente de cobrir a seleção. Não aguentava mais a rotina de tantas viagens e eventos internacionais. Ele negociou com a Globo e conseguiu uma rotina mais tranquila: não vai precisar mais viajar nem aparecer na Redação todo dia e muito menos dar plantões em fins de semana e feriados.
"Isso é verdade", confirma o jornalista. "Por ora, dou um tempo nas grandes coberturas. Sou o repórter que cobriu mais jogos da seleção nos últimos 30 anos. Por enquanto, acompanharei mais de longe. E também não devo ir à Olimpíada", diz.
O jornalista entrou na Globo em 1985, como estagiário, e virou repórter no ano seguinte. Em 1989, estreou na cobertura da seleção, que venceu a Copa América. Cinco anos depois, viu o Brasil ser tetracampeão. Ainda considerado iniciante, driblou a segurança e as regras da Fifa e entrevistou ao vivo os jogadores enquanto eles davam a volta olímpica.
Sua carreira deslanchou, e ele já acumula oito Copas do Mundo, nove Copas América e sete Copas das Confederações. Até a Copa América deste ano, foram mais de 200 jogos da seleção in loco.
Companheiro de coberturas esportivas de Tino Marcos, Marcos Uchôa está em situação parecida, curtindo um período sabático. E também volta a trabalhar em janeiro, mas sem puxar o freio de mão.
"Vou voltar normalmente. Gosto do trabalho, de onde trabalho e com quem eu trabalho. Nunca cogitei ser freelancer. Ano que vem tem Olimpíadas. Será a minha décima. E estarei bastante envolvido com a cobertura. É meu evento esportivo preferido. Além de ser em Tóquio, cidade fascinante que eu gosto muito", disse ao Notícias da TV.
Nos bastidores da Globo, especula-se que Tino Marcos e Marcos Uchôa teriam sido enquadrados em uma nova política salarial, em que profissionais com vencimentos superiores a R$ 100 mil foram chamados para renegociar. A Globo passou também a contratar como celetistas estrelas do vídeo que tinham vínculo como pessoa jurídica. A emissora está no meio de um grande processo de reestruturação, unificando empresas do grupo, e investindo em tecnologia e no streaming.
Tino e Marcos Uchôa, assim como a Globo, não comentam detalhes de contratos.
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