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NOVO PROJETO

Após 30 anos, Tino Marcos deixa de cobrir a seleção: 'Sigo funcionário da Globo'

Reprodução/TV Globo

Tino Marcos em reportagem exibida no Globo Esporte em março deste ano: ele vai ficar longe da seleção

Tino Marcos em reportagem exibida no Globo Esporte em março deste ano: ele vai ficar longe da seleção

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 14/11/2019 - 5h24

Repórter que mais acompanhou a Seleção Brasileira nos últimos 30 anos, Tino Marcos vai se afastar dos gramados em 2020, ano em que começam as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2022. Também não deve ir à Olimpíada de Tóquio, no meio do ano que vem. Um novo projeto o aguarda na Globo, e sobre isso ele ainda faz mistério.

O jornalista de 57 anos, um dos principais nomes da cobertura esportiva nacional, encontra-se desde julho em um período sabático. Ele volta a trabalhar na Globo em janeiro, e nega que seja como freelancer, como foi noticiado nesta semana. "Não é bem isso, não. Sigo funcionário da Globo", diz com exclusividade ao Notícias da TV.

Segundo fontes na Globo, Tino Marcos queria parar totalmente de cobrir a seleção. Não aguentava mais a rotina de tantas viagens e eventos internacionais. Ele negociou com a Globo e conseguiu uma rotina mais tranquila: não vai precisar mais viajar nem aparecer na Redação todo dia e muito menos dar plantões em fins de semana e feriados.

"Isso é verdade", confirma o jornalista. "Por ora, dou um tempo nas grandes coberturas. Sou o repórter que cobriu mais jogos da seleção nos últimos 30 anos. Por enquanto, acompanharei mais de longe. E também não devo ir à Olimpíada", diz.

O jornalista entrou na Globo em 1985, como estagiário, e virou repórter no ano seguinte. Em 1989, estreou na cobertura da seleção, que venceu a Copa América. Cinco anos depois, viu o Brasil ser tetracampeão. Ainda considerado iniciante, driblou a segurança e as regras da Fifa e entrevistou ao vivo os jogadores enquanto eles davam a volta olímpica.

Sua carreira deslanchou, e ele já acumula oito Copas do Mundo, nove Copas América e sete Copas das Confederações. Até a Copa América deste ano, foram mais de 200 jogos da seleção in loco.

Marcos Uchôa volta com tudo

Companheiro de coberturas esportivas de Tino Marcos, Marcos Uchôa está em situação parecida, curtindo um período sabático. E também volta a trabalhar em janeiro, mas sem puxar o freio de mão.

"Vou voltar normalmente. Gosto do trabalho, de onde trabalho e com quem eu trabalho. Nunca cogitei ser freelancer. Ano que vem tem Olimpíadas. Será a minha décima. E estarei bastante envolvido com a cobertura. É meu evento esportivo preferido. Além de ser em Tóquio, cidade fascinante que eu gosto muito", disse ao Notícias da TV

Nos bastidores da Globo, especula-se que Tino Marcos e Marcos Uchôa teriam sido enquadrados em uma nova política salarial, em que profissionais com vencimentos superiores a R$ 100 mil foram chamados para renegociar. A Globo passou também a contratar como celetistas estrelas do vídeo que tinham vínculo como pessoa jurídica. A emissora está no meio de um grande processo de reestruturação, unificando empresas do grupo, e investindo em tecnologia e no streaming.

Tino e Marcos Uchôa, assim como a Globo, não comentam detalhes de contratos.


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