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CRISE SEM FUNDO

Ana Hickmann pegou R$ 28 milhões em bancos só em 2023 e arriscou até mansão

REPRODUÇÃO/RECORD

Ana Hickmann usa uma blusa amarela e está com expressão séria no Hoje em Dia

Ana Hickmann no programa Hoje em Dia; banco afirma que ela perdeu controle de seu patrimônio

DANIEL CASTRO e LI LACERDA

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 14/12/2023 - 11h03
Atualizado em 14/12/2023 - 14h15

A situação financeira de Ana Hickmann degringolou de tal maneira que somente neste ano a apresentadora, seu marido e suas empresas tomaram emprestados cerca de R$ 28 milhões e colocou em risco a mansão em que vive para abrir uma linha de crédito de R$ 19,2 milhões. É o que aponta o Banco Bradesco em uma ação em que cobra um empréstimo pessoal à estrela da Record no valor de R$ 1,5 milhão, já atualizado para R$ 1,7 milhão.

De acordo com o banco, nos últimos três anos, Ana e seu marido, Alexandre Correa, alienaram fiduciariamente (dar imóvel como garantia de empréstimo) praticamente todo o patrimônio do casal, avaliado em R$ 50 milhões.

"Apenas em 2023, foram contratados mais de R$ 28.000.000,00 em empréstimos, que contam com imóveis gravados com garantia de alienação fiduciária, o que comprometeu severamente o patrimônio dos coexecutados [Ana e Correa], que deixaram de ser proprietários diretos da maior parte de seu acervo patrimonial", escreveu o advogado Evaristo Aragão Santos na inicial da ação do Bradesco.

Demonstrando espanto com o endividamento da apresentadora, o banco anexou ao processo trechos de anotações de alienação fiduciária feitas nas matrículas dos imóveis (terrenos e construções) que compõem a mansão de Itu. Foram pelo menos três de fevereiro a agosto.

A maior delas foi realizada pelo Banco Daycoval "para garantia de uma linha de crédito no valor limite global de até R$ 19.180.000,00, ao amparo da qual serão alocadas operações diversas, incluindo financiamentos, empréstimos e prestação de fianças, entre outras".

"A última alienação ocorreu apenas há quatro meses, para garantir uma dívida vultosa de mais de dezenove milhões de reais. Não obstante, o imóvel dado como garantia foi justamente aquele que sempre foi declarado como residência dos executados, a propriedade em Itu/SP, o que demonstra a severidade da insolvência", assinalou o banco na ação.

Bancos fazem corrida à Justiça

O Bradesco protocolou a cobrança judicial na terça-feira (12), um dia depois de o Notícias da TV revelar que Ana Hickmann denunciou o marido à polícia pelos supostos desvio de R$ 25 milhões e falsificação de assinaturas em cheques e contratos de empréstimos, o que ele nega. Correa e Ana estão separados desde 11 de novembro, quando ela o acusou de violência doméstica e patrimonial.

O Bradesco cobra um empréstimo pessoal a Ana, avalizado por Correa, de R$ 1.479.936,27, concedido em 29 de maio deste ano, que seria pago em 60 prestações --apenas a primeira foi quitada.

Um dia depois de protocolada a ação, o juiz Sidney Tadeu Cardeal Banti, da 3ª Vara Cível da Lapa (São Paulo), emitiu decisão negando o pedido de arresto de um apartamento na rua Monte Alegre, em São Paulo, que está à venda por R$ 7,124 milhões. Arresto é uma medida que só permite a venda de bens com anuência do credor e da Justiça.

"É de conhecimento notório que a parte executada [Ana] possui emprego em emissora conhecida e lá se encontra recebendo valores mensais pelo seu trabalho, assim o exequente [Bradesco] não possui probabilidade de dilapidação de patrimônio, mas sim receio de dilapidação de patrimônio, fato que não justifica a aplicação da medida draconiana", justificou o juiz.

O magistrado, contudo, determinou o pagamento da dívida em até três dias, com a possibilidade de parcelamento em até seis vezes, sob risco de penhora de bens, como é praxe nesse tipo de decisão.

A ação não é a única movida pelo Bradesco. Em 22 de novembro, a instituição entrou com ação cobrando R$ 1.156.822,07 de um empréstimo de R$ 1.150.000, concedido em 28 de abril, que deixou de ser pago em setembro.

Além do Bradesco, os bancos do Brasil (R$ 2,6 milhões), Safra (R$ 1,6 milhão), Sicredi (R$ 2,5 milhões) e financeiras estão acionando Ana, Correa e suas empresas na Justiça. A dívida total do casal está entre R$ 34 milhões, segundo estimativa de Ana, e R$ 40 milhões, de acordo com Correa.

Outro lado: Empresário nega desvio

Responsável pela gestão da carreira e das empresas de Ana Hickmann, Alexandre Correa não comentou sobre a ação do Bradesco. Disse à reportagem para procurar um advogado de Ana. O advogado não retornou. A assessoria de Ana também não comentou.

Correa tem negado que o endividamento do casal seja resultado de desvios, mas de apostas empresariais que não deram certo feitas pela apresentadora da Record durante a pandemia, quando ele se afastou dos negócios para tratar um câncer. Ele tem defendido que Ana armou um "grande plano" de "processo de vitimização" para se livrar das dívidas.

Ana, por sua vez, tem afirmado que desconhecia a real situação de suas finanças até recentemente e acusa o marido de fraude. Há uma semana, ela contratou a Legend Investimentos, empresa que tem o ex-ministro Paulo Guedes e o empresário Roberto Justus como sócios, para reestruturar suas contas.


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