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Marido de Ana Hickmann indica dívida de R$ 40 mi e pede recuperação judicial

REPRODUÇÃO/SBT

Alexandre Correa discursa em entrevista ao Fofocalizando, no SBT

Alexandre Correa: marido de Ana Hickmann tem 5% de sociedade em empresa da apresentadora

DANIEL CASTRO, IVES FERRO E LI LACERDA

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 7/12/2023 - 16h42
Atualizado em 7/12/2023 - 18h44

A dívida da apresentadora Ana Hickmann é bem maior que os R$ 14,6 milhões que estão sendo cobrados na Justiça. Em pedido de recuperação judicial protocolado nesta quinta (7), o marido dela, Alexandre Correa, indica que os débitos são de aproximadamente R$ 40 milhões. Ele pede que a Justiça conceda tutela de urgência, pois os negócios "correm risco iminente de abertura do processo de falência".

Notícias da TV teve acesso à ação protocolada na Vara de Falência da Comarca de São Paulo. Correa abriu o processo em face da empresa Hickmann Serviços Ltda - Hserv. Ele alega que, em 2022, o balanço patrimonial da empresa "comprova lucros superiores a R$ 8 milhões", e que esse valor seria suficiente para executar as pendências financeiras a médio prazo.

Recuperação judicial ocorre quando você diz ao mercado que está endividado e não tem como pagar o que deve. Se o juiz acata o pedido de recuperação, ele nomeia um administrador judicial, que irá indicar outro funcionário para cuidar da dívida até que a empresa se recupere financeiramente. Assim, os débitos são dados como suspensos.

A tutela de urgência solicitada por Alexandre Correa e sua defesa cabe quando há elementos que evidenciam probabilidades de perigo ou risco enquanto o processo da dívida da empresa é julgado. No caso, o risco seria de falência --e, consequentemente, da não quitação do valor milionário.

No processo, o empresário ainda pede que a Justiça ceda, no prazo de 60 dias, o acesso às contas bancárias dele e de Ana, que correm o risco de serem bloqueadas por ordens judiciais --três bancos solicitaram penhora online para pagamento de empréstimos realizados entre setembro de 2022 e maio deste ano.

A Hickmann Serviços Ltda - Hserv é uma empresa fundada pela apresentadora, que tem 95% das cotas, enquanto Correa representa os 5% restantes da sociedade (mas, como eles são casados em regime de comunhão parcial de bens, na prática cada um tem 50%). Seu CNPJ é usado para contratos de licenciamento de produtos que levam o nome de Ana, como óculos, esmaltes e linhas de artigos estéticos, além da imagem da própria comunicadora.

Nesta quinta, Ana Hickmann anunciou que contratou os serviços da Legend Investimentos, empresa de gestão de fortuna idealizada por Roberto Justus, que tem como sócio o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, e também a conselheira administrativa Daniella Marques, ex-presidente da Caixa Econômica Federal no governo de Jair Bolsonaro e amiga da apresentadora.

Caso Ana Hickmann

Ana trava uma briga judicial contra Alexandre Correa desde que o acusou de violência doméstica, em 11 de novembro. A apresentadora registrou boletim de ocorrência e disse ter sido ameaçada e agredida fisicamente por ele durante uma discussão acalorada sobre as dívidas do casal. Correa deixou a casa em que a apresentadora mora com o filho em Itu.

A funcionária da Record entrou com um pedido de divórcio pela Lei Maria da Penha, o que aceleraria o processo, mas a Justiça decidiu que o trâmite será na Vara da Família, mais lento. A ação imputaria também no processo de guarda de Alexandre Júnior, de 9 anos, único filho do casal, mas o empresário desistiu da ação e pediu o direito de ver o menino.

Ana chegou a combinar com Correa o primeiro encontro com o filho nesta quinta, mas cancelou ontem. Sua assessoria disse que as visitas estão sendo tratadas entre advogados.

As dívidas das empresas se acumularam em 2021, em meio à pandemia de Covid-19, quando houve o fechamento de lojas com a marca Ana Hickmann. A apresentadora, então, deixou de pagar IPTU, condomínio de imóveis e impostos federais.

Empréstimos milionários que teriam sido feitos para auxiliar na recuperação da empresa são cobrados pelo bancos Safra, Bradesco, Sicredi e Original. O Safra levantou em outubro 46 ações de execução de dívidas, que totalizam R$ 14,6 milhões.

Agora, com a ação de recuperação judicial, sabe-se que o buraco é bem maior: R$ 40 milhões. A mansão de Itu, além dos carros e apartamentos de Ana em São Paulo, já estão bloqueados para o pagamento dos débitos.


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