CLEUSA MARIA
REPRODUÇÃO/RECORD
Cleusa Maria no Domingo Show, na Record, em 2018: eterna Zulu morreu por complicações da Covid
Cleusa Maria, ex-bolete do Clube do Bolinha (1974-1994), morreu na madrugada desta quarta (7), em São Paulo, após sofrer com complicações da Covid-19. Conhecida por interpretar Zulu, a bolete que nunca sorria, ela foi intubada em junho em estado grave, após testar positivo para a doença.
A morte foi comunicada por Vitoria Cury, filha de Édson Cury (1936-1998), o Bolinha, em um grupo de fãs do programa no Facebook. Um dos integrantes do grupo, identificado como Dante Villaruel, transmitiu a informação para os admiradores do Clube do Bolinha, programa que foi ao ar na Band.
"Sem dúvida, uma grande perda para o mundo artístico brasileiro e principalmente para nós, que fazemos parte dessa enorme família chamada bolinha. É um ano de incríveis perdas. Muito obrigado por ter colaborado com esse nome. Sucesso eterno, e que na vastidão da existência encontre nosso querido Edson Bolinha te esperando para voltar ao show", publicou ele.
No Clube do Bolinha, a dançarina "brava" era motivo de piada entre o apresentador e seus convidados. O mistério sobre o motivo da seriedade dela intrigava os telespectadores e foi mantido até o fim do programa. Em 2018, Cleusa revelou o motivo de sempre estar séria.
"Eu tive uma paralisia facial, desde pequena eu não podia sorrir. Até hoje não consigo. Graças ao Bolinha, eu consegui meu ganha-pão sem precisar rir. Todos tentaram fazer Zulu, a bolete que não ria, sorrir. Quem não se lembra dela, a bolete mais famosa do nosso saudoso Bolinha?", contou Cleusa no Domingo Show, na Record.
Filha de uma lavadeira e de um feirante, Cleusa tinha o sonho de trabalhar na televisão, mas o maior problema era sua dificuldade em sorrir. "O Bolinha foi um pai para mim, graças a ele eu venci na vida", afirmou ela na entrevista. O Clube do Bolinha começou na Excelsior (1960-1970), e entre 1974 e 1994 foi exibido pela a Band.
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