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BOLETE ZULU

Dançarina do Bolinha que nunca dava risada revela motivo de sua seriedade

Fotos: Reprodução/Record

A ex-dançarina Cleusa Maria, mais conhecida como a bolete Zulu, em aparição no Domingo Show - Fotos: Reprodução/Record

A ex-dançarina Cleusa Maria, mais conhecida como a bolete Zulu, em aparição no Domingo Show

REDAÇÃO

Publicado em 22/7/2018 - 15h42

A paulistana Cleusa Maria, apelidada de Zulu, a dançarina brava do Clube do Bolinha, revelou o motivo de sua seriedade neste domingo (22): ela é fisicamente incapaz de sorrir. "Eu tive uma paralisia facial, desde pequena eu não podia sorrir. Até hoje não consigo. Graças ao Bolinha eu consegui meu ganha-pão sem precisar rir", assumiu ela.

Cleusa ficou conhecida por nunca sorrir no programa que Édson Cabariti Cury (1936-1998) apresentou em 1967 na Excelsior e entre 1974 e 1994 na Band. Hoje com 66 anos, ela trabalha em uma casa de costura de São Paulo. "Muita gente tem o que eu tenho, mas tem vergonha de assumir. Hoje, eu não tenho mais vergonha de falar", admitiu a ex-bolete.

Filha de uma lavadeira e um feirante, a dançarina chamava a atenção por não sorrir nem mesmo enquanto fazia as coreografias com as outras boletes na atração. "Todos tentaram fazer Zulu, a bolete que não ria, sorrir. Quem não se lembra dela, a bolete mais famosa do nosso saudoso Bolinha?", dramatizou Geraldo Luis no Domingo Show, que promoveu uma transformação em Cleusa Maria.

"O Bolinha foi um pai para mim, graças a ele eu venci na vida", contou a ex-dançarina, em uma reportagem que Geraldo anunciou como a primeira em que a voz da bolete foi ouvida _no programa, além de não sorrir, ela também não falava.

O comunicador revelou que Zulu tinha medo de ser incompreendida pela imprensa e pelos brasileiros. Por isso, preferiu se afastar da mídia e guardar seu segredo durante anos. "Eu morria de vergonha, nunca tive vontade de dar entrevista. E graças ao Bolinha eu podia aparecer séria", disse ela ao programa.

"Uma mulher que se escondeu durante décadas atrás de uma personagem, e que o Brasil inteiro achava que era apenas tipo", narrou Geraldo, que manteve suspense sobre a paralisia facial da ex-bolete durante impressionantes 160 minutos.

Zulu era chamada de jararaca, insensível e ingrata por Cury durante a atração, mas recebia um carinho especial de Bolinha nos bastidores. "Meu pai gostava de todas as boletes, mas a Zulu começou muito cedo [ela passou a trabalhar com Bolinha aos 14 anos] e ficou do começo ao fim, então era como uma filha para ele", lembrou Vitória Cury, filha do Édson.

Vitória contou que Zulu não sorrir foi uma maneira que Bolinha encontrou de destacá-la entre as outras. "Teve um episódio que ameaçaram dispensar algumas dançarinas, e meu pai não deixou tirarem a Zulu. Então, ele criou uma personagem para ela, a bolete que nunca ria. E ela era uma grande atriz, porque se expressava muito bem apenas com os olhos."

Zulu nos tempos do Clube do Bolinha: ela nunca ria

Mistério intrigava os artistas
Tanto Bolinha quanto artistas que se apresentavam no palco do Clube tentaram fazer Zulu rir, sem sucesso.

"Ela não ria, a gente fazia um monte de palhaçada na frente dela, e ela sempre de boca fechada. Eu me lembro que eu até peguei ela no colo, mas ela não riu", reclamou o apresentador e humorista Sérgio Mallandro. "Até hoje eu não sei por que ela não ria, é um mistério."

"A gente tentava de tudo para fazer ela rir, não é lenda. A gente aprontava, mas ela sempre com aquele jeito dela. Até hoje eu não sei o que aconteceu para ela ficar assim", contou o cantor Gilliard.

"Ela chamava a atenção porque ficava muito séria, o Bolinha podia fazer a brincadeira que fosse que ela mantinha a pose. Eu acho que fui uma das poucas pessoas que conheceu o sorriso dela", disse Sula Miranda. "A seriedade dela era a grande interrogação nacional!"

Marcio Mendes, do Trio Los Angeles, ressaltou que a seriedade de Zulu não acontecia apenas em alguns programas. "Foram anos tentando fazer ela rir. Toda vez que eu tentava dar um beijo nela, ela me empurrava, sempre séria. Mesmo nos bastidores, ela não era de falar comigo. Aquela atitude dela no palco também acontecia fora."

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