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DRAMA

Stênio Garcia lamenta prejuízo de R$ 159 mil com construtora: 'Perdi tudo o que tinha'

Reprodução/Instagram

O ator Stênio Garcia em foto publicada em seu perfil no Instagram

Stênio Garcia comprou salas comerciais na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 2013, e não as recebeu

LI LACERDA e ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 5/2/2020 - 4h54

Aos 87 anos, Stênio Garcia vive um drama. O ator levou um prejuízo de R$ 159 mil da construtora SPE CHL XCII Incorporações, do Rio de Janeiro. Em 2013, ele comprou três salas comerciais no empreendimento The City Business District, na Barra da Tijuca. Mas o prédio não foi entregue, e ele ainda sofreu uma cobrança indevida de taxas, o que iniciou uma ação na Justiça. Em 2019,  ele ganhou a causa, mas não recebeu o dinheiro até hoje. "Perdi tudo o que tinha", lamenta ao Notícias da TV.

"O prédio está quase construído. Passo na frente dele todos os dias e vejo os andares em que as salas estariam prontas", diz Garcia, cuja última novela foi Deus Salve o Rei (2018), na Globo. "Não tenho mais o que investir. Tudo o que eu tinha foi aí. Era o único dinheiro que eu tinha", lastima.

A compra das salas comerciais foi feita com a reserva financeira do ator e de Marilene Saade, sua mulher. "Seria um empreendimento que teria até heliponto. Compramos para investir", conta.

Em outubro de 2013, na assinatura do contrato, o casal deu uma entrada de R$ 20 mil pelas salas, que teriam valor final de R$ 348 mil. A entrega estava prevista para 2017. Até outubro de 2016, eles pagaram um total de R$ 120 mil em parcelas. Nessa época, foram surpreendidos com a notificação de que o valor final da propriedade tinha sido alterado e passaria a ser de R$ 502 mil.

Diante disso e do aviso de que haveria um atraso na entrega do imóvel, os atores decidiram entrar com um processo na Justiça para desfazer o contrato e ainda exigiram danos morais. Em fevereiro de 2019, o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 5ª Vara Cível do Rio de Janeiro, julgou procedente a ação.

Garcia e Marilene obtiveram o distrato, o direito de receberem o dinheiro investido de volta e mais R$ 20 mil de danos morais, o que resultou no montante de R$159 mil. No entanto, a SPE CHL XCII Incorporações entrou em recuperação judicial em 2016. O casal não recebeu o dinheiro até agora.

"A gente ganhou [na Justiça]. O problema é que a construtora faliu. Só por isso que a gente não vai receber", explica Marilene, que tem formação em Direito. "É aquela hashtag: aceita que dói menos", dispara.

O ator, no entanto, não concorda com o pensamento da mulher. "Não aceito. Não dói menos, não. Dói profundamente. Infelizmente, a empreendedora não empreendeu. Tenho de engolir essa revolta e aguentar".

Garcia planejava aumentar a renda do casal com as salas comerciais. "Eu contava com isso para poder viajar e desfrutar [a vida]", finaliza.

Procurada, a SPE CHL XCII Incorporações não atendeu às ligações da reportagem.


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