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DIVINDADE

Quem é Logun Edé? Anitta citou 'orixá de cabeça' em divulgação de Aceita

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Foto em preto e branco de Anitta usando apenas uma capa de palha em clipe de Aceita

Anitta em clipe de Aceita, divulgado nesta terça (14); ela falou sobre Logun Edé em divulgação

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 14/5/2024 - 15h58

Além de expor sua rotina como Ekedi --espécie de "braço direito" dos pais ou mães de santo, que dirigem o terreiro quando estão incorporados--, Anitta publicou um longo texto sobre Logun Edé, seu "orixá de cabeça", durante a divulgação da música Aceita, cujo clipe foi lançado nesta terça (14). Aliás, a publicação mencionando o orixá foi a responsável pela artista perder cerca de 200 mil seguidores. Mas, afinal, quem é essa divindade dos terreiros?

Logun Edé é um dos 16 principais orixás cultuados no candomblé, filho de outros dois deles: Oxum e Oxóssi. Cada uma dessas divindades tem características humanas específicas, além de representar uma parte da natureza  --Oxum, por exemplo, é a orixá das águas doces, do ouro, da fecundidade e do amor, enquanto Oxóssi é o orixá da caça e da proteção. Filho deles, Logun Edé carrega esses dois universos consigo: é o senhor das ribanceiras do rio, reinando entre as águas de Oxum e as matas de Oxóssi.

Os orixás também têm os próprios itãs, isto é, "histórias" de sua vida pregressa. Um mesmo orixá pode ter várias manifestações e, com isso, vários itãs, desde que preservados seus principais atributos.

No caso de Logun Edé, o fato de ele ser um jovem adulto, criado a quatro mãos por Oxóssi e Oxum, é um ponto comum em todas as histórias. A maioria dos itãs não determina se a divindade é um menino ou uma menina. Outras cravam que ele era um rapaz, mas se vestiu como uma mulher para conseguir visitar a mãe após uma proibição. Isso teria confundido os demais orixás, que passaram a tratá-lo no feminino.

Em seu documentário, Anitta contou a história da manifestação de seu próprio Logun Edé. Normalmente, o "filho de santo" ouve a história de seu orixá após um intenso trabalho de meditação e jogo de búzios. "Oxóssi e Oxum se separam, e, durante seis meses Logun Edé ficaria com a mãe, e durante os outros seis meses ele ficaria com o pai, começou ela.

Durante os seis meses com a mãe, ele era superpaparicado, ficava aprendendo sobre a beleza, o tato, o sentimento, o pensamento [características de Oxum]. Durante os outros seis meses, ele ficava com o pai, aprendendo o oposto, que era caçar, matar sua própria comida, sobreviver na selva. Sempre tudo era muito direto, nada floreado, como era nos outros meses.

Nos princípios da religião, os "filhos" do orixá herdam as características dele. E Anitta, de fato, afirmou se ver nos atributos designados a Logun Edé.

"Eu sempre achava muito difícil de entender como que eu sou tão prática e, ao mesmo tempo, me importo tanto com as pessoas. Como eu sou tão desapegada com essa coisa da vaidade, que eu posso estar da maneira que for, mas ao mesmo tempo eu me encho de plásticas. Eu sempre achei muito diferente entender esses lados meus, e aí quando eu descobri meu orixá e qual a história dele, eu entendi tudo sobre mim", afirmou ela.

A funkeira deu um tom de poesia ao recontar essa história em suas redes sociais na segunda (13), acompanhando imagens inéditas do clipe. Ela pegou trechos da sinopse do Carnaval 2025 da Escola de Samba Unidos da Tijuca, que apresentará um desfile sobre o Orixá.

"Eu sou Logun Edé. O grande príncipe herdeiro da raça dos meus pais! Tenho a sensibilidade e a inteligência de minha mãe e a bravura e a esperteza de meu pai. Caçador e pescador, sou minha própria natureza", começou o texto. "Sou o único capaz de reunir todos os mundos. Sou o equilíbrio entre os homens e as mulheres. Eu sou a força da juventude no tempo. Estou no presente e daqui olho para o futuro. Estou no passado e de lá resgato as tradições. Estou no futuro em que meu legado é imortal!"

Além do futuro enredo, Logun Edé também já foi representado na música em Afoxé para Logun, de Nei Lopes, e em Logunedé (as grafias podem variar, uma vez que o nome de todos os orixás advém de uma "tradução livre" do iorubá), de Gilberto Gil

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