JORGE FERNANDO
REPRODUÇÃO/GLOBO
Macaco Xico em cena de Caras e Bocas: animal deu tapa em diretor da Globo durante gravações
Jorge Fernando (1955-2019) foi agredido durante as gravações da novela Caras e Bocas (2009) por um dos protagonistas do folhetim: o macaco Xico. "Jorginho uma vez foi brincar com o macaco, que era uma macaca, e ela 'blauft'! Deu um tapa na cara dele", relembra Malvino Salvador em entrevista ao Notícias da TV.
O ator estreou na Globo em Cabocla (2004), novela em que viveu um triângulo amoroso com Vanessa Giácomo e Daniel de Oliveira e dividiu o protagonismo do folhetim de Benedito Ruy Barbosa com a dupla. Caras e Bocas, então, seria a grande oportunidade de estrear nas novelas como o principal personagem de um folhetim. Mas a escalação do chimpanzé roubou o título do ator amazonense.
Vira e mexe os caras falam assim: 'Pô, aquele macaco!' Conclusão, quem virou o protagonista foi o macaco e não Malvino", brinca.
Ainda assim, o artista demonstra gratidão pela oportunidade que Walcyr Carrasco lhe deu ao longo de sua carreira. "Foi quem mais me proporcionou personagens fantásticos. Personagens diferentes, isso é muito importante porque às vezes tem alguém te chamando para fazer sempre o mesmo", explica.
"Vitório, de Alma Gêmea [2005], tanto na caracterização quanto no estilo, ser uma comédia... Depois o Camilo, de O Profeta [2006], que começou com o Walcyr também e ele que me chamou. Depois Sete Pecados [2007], que foi o Régis, boxeador. Eu comecei a praticar boxe por causa da novela e isso tá na minha vida até hoje. Olha como as coisas podem influenciar a gente, não é? Aí depois veio Caras e Bocas, o meu primeiro protagonista", detalha.
O curioso é que o chimpanzé escolhido para o folhetim de Walcyr Carrasco era, na verdade, uma fêmea: Kate. A performance do animal em cena impressionou tanto o público que a macaca logo ganhou fãs fora da TV. Não à toa, até hoje é lembrada como a dona de Caras e Bocas.
Esperto, o primata brincou com as tintas e "estragou" os quadros que Denis (Marcos Pasquim) havia pintado. Quando Simone (Ingrid Guimarães) viu as telas modificadas pelo macaco, achou o resultado elaborado, conceitual e decidiu investir no trabalho --sem saber que o autor das obras era o animal.
A "contratação" de Kate foi algo inédito para uma novela inteira. Por isso, para assegurar o bem-estar da chimpanzé, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) fez exigências severas para a emissora, como o uso de tintas à base de amido de milho, para que não houvesse risco de intoxicação.
Kate também não podia circular livremente pela cidade cenográfica, nem contracenar com menores de idade. Para cenas com a presença de Isabelle Drummond e de Miguel Rômulo, que eram adolescentes na época do folhetim, a Globo providenciou um dublê humano.
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