Queridinho de autor, Malvino Salvador fica fora de Terra Vermelha: 'Não fui chamado'

Queridinho de Walcyr Carrasco, Malvino Salvador ficou fora do elenco de Terra Vermelha, folhetim que vai substituir Travessia no horário nobre. "Eu não fui convidado, não fui chamado, não tô sabendo", diz ao Notícias da TV. Sem contrato fixo com a Globo desde janeiro de 2020, ele vai estrear uma série no Prime Video em 2023 e também seguirá no ramo empresarial.  

O artista é considerado uma espécie de pupilo do autor. Já atuou em Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2007), Caras e Bocas (2009), Amor à Vida (2013) e A Dona do Pedaço (2019) --sua última novela na emissora. Ainda assim, afirma não ter sido sondado para a nova produção.

"Na verdade, não estou nem acompanhando muito. Essa é que é a verdade. Eu tô focado nos meus compromissos da área empresarial e não tá me sobrando muito tempo para pesquisar e ver as coisas que são fora disso", diz.

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A exclusão do projeto não parece ter afetado o pupilo do autor, que revela grande admiração pelo novelista. "É um grande amigo, foi quem mais me proporcionou personagens fantásticos, diferentes, que isso é muito importante do que, às vezes, se está alguém te chamando ali para fazer sempre o mesmo personagem", conta.

A relação profissional entre o novelista e Malvino Salvador foi tão boa que o autor interferiu em uma prática da vida pessoal do artista após a trama dos pecados capitais. "Hoje eu pratico boxe por conta do Walcyr. Eu comecei a praticar boxe por causa da novela e isso tá na minha vida até hoje", revela. 

Contrato por obra

Livre das obrigações fixas com a Globo, Malvino Salvador enxerga a mudança com bons olhos. A modalidade por contrato permitiu que o artista pudesse experimentar novas possibilidades do ofício. 

"Eu não tinha feito nenhuma minissérie ainda, por exemplo. Eu tava muito ali naquela caixa, sabe? Fazendo sempre um pouco do mesmo. E isso já estava batendo na minha cabeça. Tanto é que eu vinha empreendendo no teatro. Para de alguma forma diversificar a minha carreira. Para sair daquele padrão", defende.

Mas o ônus dessa flexibilização profissional é a insegurança. O ator, no entanto, diz ter sido pouco impactado financeiramente com o encerramento do contrato. 

"Admito que no início me surpreendi. Caramba! Fui pego meio de surpresa, mas logo eu entendi que aquilo seria bom. Bom no sentido que eu estava com a vida estabilizada. Se eu não estivesse com essa estabilidade, eu ficaria preocupado. Assim como eu tenho colegas que eu acho que devem estar. Porque eu consegui diversificar minha vida e ter outras fontes de renda", explica.

Atualmente, Malvino Salvador se divide entre ser ator e empresário. Ele é sócio da mulher em duas academias de jiu-jítsu e defesa pessoal, a Gracie Kore, no Rio de Janeiro, e já tem planos de expandir a rede para São Paulo e Brasília. Sua segunda empresa é a Mais Cabelo, focada em tratamentos, procedimentos e transplantes capilares. A rede já tem 29 unidades pelo Brasil

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