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DIFERENÇA

O detalhe que surpreendeu o ator Miguel Thiré ao adaptar peça para Portugal

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A imagem mostra um homem jovem de pele clara, barba e cabelo castanho. Ele veste uma camisa azul escura e está de braços cruzados em frente a uma cerca viva verde

O ator e diretor Miguel Thiré; artista brasileiro está radicado em Portugal há oito anos

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 5/9/2024 - 10h00

Radicado em Portugal há oito anos, o ator Miguel Thiré se surpreendeu ao montar a peça Trair e Coçar É Só Começar --a qual ficou 34 anos em cartaz no Brasil e até virou série na TV-- com atores lusitanos. As diferenças culturais entre os dois países foram um desafio, sobretudo quanto a uma personagem central na trama: a empregada doméstica.

"Tivemos que fazer uma tradução do texto por mais que se entenda o português brasileiro [por aqui], a ideia era [a história] se passar em Portugal. E com o detalhe que, na época em que a peça foi escrita ali no final dos anos 1980, era muito normal a figura da empregada em qualquer casa de classe média", explica ele, ao Notícias da TV.

"Hoje em dia já não é mais tão comum, só nas classes mais altas. Em Portugal, isso ainda é mais raro. A minha primeira ideia foi aumentar, subir a esfera social dos donos da casa para que [o público] acreditasse em eles realmente contavam com uma. Viraram super ricos, vivendo em uma mansão", acrescentou.

O espetáculo alcançou o mesmo êxito do outro lado do Atlântico, assim como as novelas brasileiras, que fizeram --e ainda fazem-- a cabeça dos portugueses.

"Por volta de uns dez anos, esse jogo foi virando. Hoje em dia, se vê muito mais novelas portuguesas do que as brasileiras por aqui", aponta o artista, que ainda vê uma diferença muito grande entre essas produções:

A dimensão, a estrutura é uma das principais diferenças. A Globo e a Record produzem para uma audiência muito grande. Portugal tem 20 vezes menos habitantes que o Brasil. Não há o mesmo potencial de investimento.

Thiré ainda ressalta que a distância entre autor e ator é bem menor na Europa. "Já faz dez anos que não faço novelas no Brasil, mas não sei se isso mudou muito. Os autores apareciam lá na primeira reunião e nunca mais se tinha acesso. Aqui, eles estão trabalhando em uma sala ao lado, vem tomar café, bater um papo", arremata.

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