Muito doente, Hebe Camargo usava cinta para evitar dor antes de morrer

Hebe Camargo (1929-2012) vivenciou momentos delicados durante a luta contra o câncer. Para conseguir suportar as dores pelo corpo, a comunicadora chegou a usar cintas que aliviavam esse incômodo. Contudo, a rainha da TV brasileira era "dura na queda" e não perdeu sua elegância no tratamento.

"A última vez que vi a Hebe, ela estava muito doente e usava uma cinta para sentir menos dor. Ela não queria dar bandeira, falei: 'Que sapato lindo, Hebe'. Ela disse: 'Mas não estou aguentando ficar de pé, dói muito'. Acho que para ninguém, a não ser para o filho dela, ela fez esse tipo de confissão porque era dura na queda", contou a radialista Cidinha Campos.

FASE DIFÍCIL

Ex-galã da Globo, Marcos Pasquim sofreu com crises de pânico em Kubanacan

ATRIZ OMITIU

Susana Vieira revela assédio de vizinho durante infância: 'Aquilo não era normal'

Em entrevista para a série documental Hebe - Um Brinde à Vida, do Globoplay, Cidinha recordou a experiência que teve ao lado da apresentadora: "Foi uma vida muito intensa, muito gostosa, de encontros e desencontros. Uma pessoa inesquecível para quem passou perto, sentiu o perfume, conviveu, ouviu, jamais vai esquecer".

Marcello Camargo, filho de Hebe, detalhou um dos pedidos da matriarca durante essa fase difícil. "Ela sempre falou: 'Reza que amanhã vou estar melhor', mas tinham dias que via ela triste. Um dia muito doído foi quando falei que éramos muito sonoros. Cheguei, gritei e ela não respondeu", afirmou.

"O sofrimento da Hebe, eu não lembro, não quero lembrar e acho que não combina com ela", destacou Adriane Galisteu, que aproveitou a entrevista para reforçar um dos aprendizados que teve com a comunicadora: a forma de se posicionar na frente das câmeras.

Fátima Bernardes também confessou uma lição da veterana. "Ela fazia o programa, tinha uma penetração e uma facilidade de falar com essa mulher, falava e você se identificava. Ao mesmo tempo, ela fazia um programa cheia de joias e ninguém se sentia distante dela por isso", detalhou a apresentadora do The Voice Brasil, da Globo.

"Fico pensando como ela conseguia isso. Acho que a televisão é um veículo extremamente cruel, extremamente transparente. Ela parece que é uma tela pequena, mas é dificílima de ser preenchida. Muitas vezes, você vê pessoas no ar e consegue olhar o detalhe que está atrás, o cenário, as joias. E as pessoas prestavam atenção nela [Hebe], acho que essa deve ser a nossa meta", complementou a jornalista.

A série documental conta com entrevistas de amigos e famosos sobre a trajetória de Hebe Camargo. Os quatro episódios já estão disponíveis para os assinantes do Globoplay.