INVESTIGAÇÃO
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Marília Mendonça em foto publicada no Instagram; cantora morreu instantaneamente em acidente
A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quinta-feira (25) que Marília Mendonça (1995-2021) e os outros quatro tripulantes da aeronave que caiu em Caratinga (MG) morreram instantaneamente. As autoridades deram uma entrevista coletiva para informar que todas as vítimas sofreram politraumatismo na tragédia ocorrida em 5 de novembro.
Além da cantora sertaneja, estavam no voo o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro (conhecido como Henrique Bahia) e o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho. Todos tiveram politraumatismo contuso no acidente, de acordo com o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos.
Segundo ele, todos os ocupantes morreram com o choque da aeronave com o solo, já que bateram as cabeças e os corpos com o impacto. "Os trabalhos de necrópsia foram finalizados. Em ocasiões anteriores já havia sido explanada a presença de indicadores de politraumatismo contuso em todos as vítimas", começou o agente.
Barcelos explicou que foram analisadas amostras do piloto e do copiloto para identificar se eles teriam algum problema de saúde, ou se haviam ingerido substâncias tóxicas ou alcoólicas, em busca de descobrir qualquer fator que pudesse ter contribuído para o acidente. Todas os testes deram negativo.
"Por segurança, o médico-legista coletou material para exames complementares que são realizados na capital, no Instituto Médico Legal em Belo Horizonte. Esses exames se prestam a identificar eventuais outras causas que poderiam contribuir de alguma forma com óbito. São exames toxicológicos, alcoólicos e exames anatomopatológicos, que são aqueles realizados em tecidos, como fragmentos de pulmão, de coração, de cérebro".
"Busca-se identificar uma eventual outra doença que a vítima possa ter e eventualmente ter associação com o óbito. Todos os exames dos tecidos vieram negativos para outras enfermidades que pudessem contribuir para a morte. Os exames de tecido confirmaram os traumas sofridos por todas as vítimas", continuou ele.
"Os exames toxicológicos e alcoólicos também não apontaram nenhum tipo de consumo de substância ou intoxicação que pudessem contribuir com os óbitos. Dessa forma, a conclusão final dos óbitos será por politraumatismo contuso para todas as cinco vítimas desse acidente aéreo", concluiu o médico-legista.
Em seguida, o delegado Ivan Lopes Sales, que comanda as investigações sobre o acidente, avisou que a polícia segue firme com a tese de que a aeronave caiu apenas porque batera em fios de alta tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) abriu uma investigação para apurar se a instalação de torres de distribuição da Cemig em Caratinga, é regular.
A possibilidade de pane nos motores ainda não foi descartada, mas depende da investigação do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Marília Mendonça morreu aos 26 anos após a queda do avião em que estava na cidade de Caratinga, Minas Gerais, em 5 de novembro. A cantora deixou um filho, Léo Mendonça Huff, de um ano e 11 meses, fruto de seu relacionamento com Murilo Huff.
A aeronave Beechcraft King Air C90a que levava a cantora e sua equipe à cidade mineira onde ela se apresentaria caiu por volta das 15h30 daquele dia. O modelo do bimotor é bastante utilizado na aviação executiva no mundo inteiro e é propriedade da companhia de táxi aéreo PEC.
O jornalista William Waack, que também é piloto licenciado, chegou a dar uma aula na CNN Brasil na madrugada de 6 de novembro ao falar sobre a queda do avião que transportava a cantora Marília. Com cálculos simples, ele informou que a aeronave voava baixo quando se chocou com os fios de alta tensão antes de parar no meio de uma cachoeira.
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