ROUND 2
REPRODUÇÃO/RECORD
Marcos Mion rebateu comentário de Roberto Justus sobre o impacto do novo coronavírus
REDAÇÃO
Publicado em 23/3/2020 - 16h59
Marcos Mion usou seu Twitter para mandar uma indireta a Roberto Justus na tarde desta segunda-feira (23). O apresentador da Record rebateu as declarações do empresário após o vazamento e viralização de um áudio de WhatsApp em que ele minimizava o impacto da pandemia do novo coronavírus e o número de mortes.
"Eu não consigo ver números. Só vejo o desespero real das favelas e comunidades. O medo dos velhinhos e velhinhas. A mobilização tem que ser de todos para salvar os grupos de risco. Avaliar número de mortes por gráfico é algo que eu ainda não consigo fazer. E nem pretendo", disse o apresentador de A Fazenda.
A fala de Mion é uma resposta a Justus. No áudio vazado, o apresentador de O Aprendiz, da Band, mostrou-se muito mais preocupado com o impacto que a reclusão social causará na economia mundial do que com a preservação da saúde das pessoas e usou um discurso irônico para rebater o colega da Record.
"Quem entende um pouco de estatística, que parece que não é teu caso, vai perceber que, dos que morrem são velhinhos e só 15% deles morrem", falou Justus. "Esse isolamento vai custar muito mais caro. Você está preocupado com os pobres, você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não ter o que comer, das empresas fecharem, do desemprego em massa."
No áudio, Justus chegou a chamar o novo coronavírus de "viruzinho" e classificou a Covid-19 como uma "gripezinha leve". "Não dá pra comparar o desastre que vai ser a vida. Tá preocupado com a vida das pessoas? Fica preocupado com o vírus entrando na favela não, porque não vai matar ninguém. Vai matar só velhinhos e gente já doente", insistiu o apresentador da Band.
Após toda a repercussão negativa do áudio vazado, Roberto Justus vem tentando explicar suas falas. Na Band, voltou a minimizar os efeitos da doença e também o número de mortes registradas até o momento. "12 mil mortes em 7 bilhões de habitantes é muito pouco pra criar essa histeria coletiva", polemizou.
Ao Notícias da TV, ele reafirmou sua posição. "Tem que pensar em números, em estatísticas, que aí vai ver que é menos grave do que toda essa histeria que criaram. Cuidado, sim. Mas exagero, não! Minha avaliação é a seguinte: Isolar as pessoas que precisam de cuidado, que correm mais risco, como idosos e pessoas com problema de saúde. As outras pessoas precisam ter hábitos de higiene rígidos", concluiu.
Confira a publicação de Marcos Mion no Twitter:
Eu não consigo ver números. Só vejo o desespero real das favelas e comunidades. O Medo dos velhinhos e velhinhas A mobilização tem que ser de todos p salvar os grupos de risco. Avaliar número de mortes por gráfico é algo que eu ainda não consigo fazer. E nem pretendo. https://t.co/wx0tIdzzKz
— Marcos Mion (@marcosmion) March 23, 2020
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