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CASO DESVENDADO

Luísa Sonza pede audiência em caso de racismo, mas ação não existe; entenda

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Luísa Sonza em selfie publicada no Instagram

Luísa Sonza: cantora respondeu após ser acusada de sair impune em suposta ação judicial

IVES FERRO E LI LACERDA

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 21/9/2022 - 6h40

Acusada de racismo, Luísa Sonza se ofereceu para participar de uma audiência especial e acatar a queixa de forma amigável com a advogada Isabel Macedo de Jesus, mas o processo judicial nunca existiu. Isabel alegou, em um boletim de ocorrência em 2018, que teria sido destratada pela cantora; mais tarde, ela entrou com uma ação de danos morais --o que não envolve caso de injúria racial.

Notícias da TV apurou que a advogada abriu um processo em 2020 para pedir indenização por danos morais, em referência ao boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia da 36ª Circunscrição de Fernando de Noronha, em Pernambuco, em 23 de setembro de 2018. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro derrubou a ação por falta de pagamento das custas processuais.

Isabel tentou recorrer para dar andamento na briga judicial, mas perdeu em segunda instância. Ela queria ser isenta das custas, mas a gratuidade acabou negada. Desta forma, o processo foi arquivado pela Justiça ainda em 2020.

"Não há como se prosseguir com o presente feito. Neste sentido, na ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, caracterizada por falta de preparo, determino o cancelamento da distribuição e julgo extinto o processo", informa o documento.

Como o pedido da autora não se concretizou, Luísa não recebeu citação do caso para responder como ré, nem foi acusada de racismo ou precisará pagar algo por danos morais. A ação não existe.

O caso voltou a repercutir no fim de semana, quando Danilo Gentili acusou Luísa de ter sido racista e insinuou que páginas de fofoca se recusaram a noticiar o episódio para protegê-la. A voz de Cachorrinhas se pronunciou nesta segunda (19). Ela não pediu desculpas, mas acatou a acusação. Veja abaixo:

Entenda o caso

Em 2018, a advogada Isabel Macedo de Jesus estava em um festival gastronômico em Fernando de Noronha (PE), quando foi abordada por Luísa Sonza perto do palco no qual a cantora se apresentava. No boletim de ocorrência ao qual o Notícias da TV teve acesso, ela alega que a artista deu um tapa em seu ombro e disse "me arrume uma água, aí".

"Isabel, que se considera negra, no momento ficou paralisada, sem reação, considera que foi alvo de discriminação por conta de seu tom de pele. Luísa ficou parada olhando para ela, Isabel. Luísa perguntou: 'Você não trabalha aqui?'. Isabel questionou: 'O que te faz pensar que trabalho aqui?'. Luísa respondeu que 'não é isso que ela estava pensando'", narra o B.O.

Isabel pediu a Luísa que contasse o que ocorreu a Giovanna Ewbank, atriz que também estava no festival, e perguntasse qual seria a leitura dela sobre uma pessoa negra que passasse por essa situação [...].

Apesar de ter citado que se sentiu vítima de racismo no depoimento, não foi isso que Isabel apontou no processo judicial que abriu em 2020. O documento, hoje arquivado, dizia respeito apenas à indenização por danos morais. A advogada ainda deve R$ 600 de taxas não recolhidas.


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