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Latino se recusou a pagar o caminhoneiro que fez sua mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro
GABRIEL PERLINE
Publicado em 31/5/2020 - 6h54
Além de ser processado por dar um calote em um hospital de alto padrão, Latino também se recusou a pagar o serviço de carreto, feito por um caminhoneiro autônomo que transportou sua mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro em 2018. Cansado de ser enrolado pelo cantor, o profissional entrou na Justiça para receber pelo trabalho.
O caminhoneiro Cristiano Vieira da Silva contratou o escritório Canholi Advogados, que protocolou uma ação de cobrança na 1ª Vara do Juizado Especial Civel do Foro Regional de Santo Amaro, na Comarca de São Paulo, para fazer com que o artista pague a dívida. O valor total da ação é de R$ 2.346,94.
De acordo com a ação, o caminhoneiro foi acionado por uma mulher chamada Raquel, ex-funcionária de Latino. Em conversas por WhatsApp, eles combinaram de que seriam transportados quadros, sapatos, camisas e uma gaiola, mas o cachê de R$ 2 mil seria pago somente no endereço de entrega, no Rio de Janeiro.
Cristiano compareceu no endereço em São Paulo e abasteceu o caminhão com os objetos de Latino. Neste momento, foi informado de que teria que passar na cidade de Jacareí, no interior do Estado, para pegar a gaiola de um macaco, para depois seguir em direção ao destino final. Almoço, lanches, combustível e pedágio ficaram às custas do transportador.
Ao chegar no Rio de Janeiro, foi proibido de entrar no condomínio em que Latino reside por conta do horário. O caminhoneiro teve que se hospedar em um hotel e somente no dia seguinte descarregou seu veículo. Com o serviço concluído, uma outra funcionária de Latino disse que o cantor estava viajando em turnê e não teria como pagá-lo naquele momento. No processo, consta que a mulher o orientou a retornar a São Paulo e prometeu que a transferência seria realizada no dia seguinte.
Os advogados do caminhoneiro dizem no processo que foram inúmeras as tentativas de contato com os funcionários de Latino, e que cada dia recebia uma desculpa diferente: disseram que Raquel, com quem negociou, não trabalhava mais para o artista, depois alegaram que haviam muitas demandas financeiras a serem quitadas, entre outras alegações.
A mudança foi realizada em 17 de outubro de 2018, e o caminhoneiro tentou negociar por diversas vezes o pagamento de seu trabalho, mas até hoje não recebeu nem um centavo do valor combinado.
Embora a defesa de Cristiano tenha pedido a pronta execução da dívida e a dispensa da audiência de conciliação, a juíza Marian Najjar Abdo marcou para 9 junho um encontro entre as partes para a negociação de um acordo.
A reportagem entrou em contato com a assessora de Latino na sexta-feira (29), que não enviou um posicionamento do artista sobre a dívida. Também procurou o escritório Canholi Advogados, que defende o caminhoneiro, mas o telefone apenas tocou.
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