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FESTA NO PS

Cantor Latino é acusado de dar calote de R$ 9 mil em hospital de São Paulo

ANDERSON BORDE/AGNEWS

Latino durante evento musical no Rio de Janeiro em janeiro de 2020

Latino durante evento musical no Rio de Janeiro em janeiro; cantor cobrado por dívida hospitalar de 2016

LI LACERDA e ELBA KRISS

Publicado em 29/5/2020 - 12h01

Roberto Souza Rocha, mais conhecido como Latino, está sendo acusado de dar um calote de R$ 9 mil no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. A instituição entrou com uma ação contra o cantor pelo não pagamento de despesas hospitalares referentes a um atendimento realizado em outubro de 2016, em que ele fez exames laboratoriais e foi medicado. O artista não usou convênio. Foi atendido no formato particular, o que gerou a cobrança.

O processo corre na 41ª Vara Cível do Fórum João Mendes Júnior da Comarca de São Paulo. O Notícias da TV teve acesso aos documentos inclusos na ação. Nele, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein descreve que o dono do hit Festa no Apê recebeu atendimento particular no dia 5 de outubro de 2016, às 21h05.

De acordo com a nota fiscal fornecida pelo estabelecimento, o artista passou por um médico e fez uma série de análises laboratoriais, incluindo teste da dengue e exames para ver se estava com zika vírus ou chikungunya.

No hospital, Latino foi medicado: tomou soro com analgésico e antitérmico. Após melhora, foi liberado na madrugada de 6 de outubro, à 1h51. O valor das quase cinco horas de atendimento foi de R$ 7 mil. Com as correções e atualizações monetárias, a dívida ultrapassou os R$ 9 mil.

Na ação, o Hospital Albert Einstein afirma que o compositor "assumiu a responsabilidade pela sua internação e/ou tratamento nas dependências hospitalares da autora, para atendimento, em caráter estritamente particular, ou seja, sem convênio médico".

Após inúmeras tentativas de receber a quantia, o estabelecimento acionou seu departamento jurídico para efetuar a cobrança na Justiça. A empresa se mostra disposta a realizar uma "audiência de conciliação ou de mediação desde que haja real interesse da parte".

A questão agora é notificar o músico, que mora no Rio de Janeiro. Em 2016, quando passou pelo hospital, ele informou um endereço na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Não foi encontrado pelos oficiais no local, ou seja, não recebeu oficialmente a intimação sobre a ação. O Albert Einstein, então, fez um pedido oficial solicitando a notificação do artista pela Justiça carioca.

A advogada responsável pela defesa do hospital, Gislene Cremaschi Lima, não quis comentar a ação. "Tenho um processo e uma ética profissional com o meu cliente em contrato. Não tenho nenhuma posição para passar", disse.

A reportagem apurou que Rafaella Ribeiro, advogada e noiva do músico, é quem cuida de suas questões jurídicas. Procurada, a assessoria de imprensa de Latino, enviou um comunicado informando desconhecer a existência da cobrança. Leia a íntegra:

"O departamento jurídico do cantor desconhece qualquer dívida relacionada ao hospital. Latino possui plano de saúde e ao chegar esse ano de uma viagem internacional passou pelo hospital e foi atendido sem nenhum tipo de restrição".

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