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ESTELIONATO

Justiça do RS nega pedido de revogação da prisão preventiva de Nego Di

Reprodução/Instagram

Nego Di posa em Londres

Nego Di foi preso no último dia 14, acusado de dar golpe em mais de 350 pessoas

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 30/7/2024 - 13h20

A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de revogação da prisão preventiva do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di. Ele está na Penitenciária Estadual de Canoas desde o dia 14, acusado de praticar crimes de estelionato qualificado.

Na decisão da última sexta-feira (26), mas divulgada apenas nesta terça (30) pelo Tribunal de Justiça do Estado, a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, a defesa do humorista não apresentou novos argumentos capazes de afastar os fundamentos considerados pela Justiça no momento de decretar a detenção.

No dia seguinte à prisão, a equipe de Nego Di já havia pedido habeas corpus para que ele fosse solto, mas a solicitação também foi indeferida na ocasião.

Além da acusação de estelionato por fraude eletrônica, o ex-BBB é investigado por crimes de lavagem de dinheiro, fraude tributária e rifa eletrônica, entre outros. Seu sócio, Anderson Boneti, foi preso no último dia 22.

Prisão de Nego Di

Nego Di foi preso na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina, no dia 14. De acordo com a Polícia Civil, os clientes da loja Tadizuera adquiriram e pagaram por eletrodomésticos --como televisões e aparelhos de ar-condicionado-- que nunca foram entregues.

A investigação apontou que não havia estoque dos produtos em questão, e, mesmo assim, o site permitia que a venda fosse efetivada. Diante de reclamações, o próprio Nego Di prometia que as entregas seriam feitas --apesar de saber que não seriam. 

A Tadizuera operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 --quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nesse período, a Polícia afirma que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas à loja passou de R$ 5 milhões.

As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a R$ 330 mil. Acredita-se, porém, que outras pessoas tenham sido vítimas do esquema, mas não tenham procurado a polícia.

Ao Fantástico, a defesa de Nego Di afirmou que está tomando as medidas legais cabíveis sobre o caso e pediu que qualquer tipo de pré-julgamento seja evitado. Confira o comunicado assinado por Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula na íntegra:

"Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.

Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.

Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovado pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.

Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade."

Suspeita de lavagem de dinheiro

Além da suspeita de estelionato, Nego Di também foi alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. A partir de rifas ilegais na internet, o humorista teria lavado cerca de R$ 2 milhões.

Mandatos de busca e apreensão foram emitidos. A Polícia recolheu documentos e celulares para ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo influenciador. 

Uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, foi apreendida. Gabriela Sousa, a mulher do influenciador, foi presa em flagrante. Ela acabou solta após pagar fiança de R$ 14 mil.

Ao Notícias da TV, a defesa do influenciador e da estudante afirmou que não teve acesso aos autos até o momento. "A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados", declararam os quatro advogados.

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