Nego Di é alvo de operação policial por suspeita de lavar R$ 2 milhões em rifas

O humorista Nego Di é alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul que investiga a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões por promoção de rifas ilegais na internet. A polícia cumpre na manhã desta sexta (12) mandados de busca e apreensão na casa do influenciador, que ficou mais conhecido após participar do BBB 21.

A informação foi revelada pelo G1. O Ministério Público não divulgou as identidades dos investigados, mas a reportagem confirmou que se trata de Nego Di e a mulher dele, Gabriela Sousa.

A polícia deve recolher documentos, celulares e até fazer uma investigação profunda nas mídias sociais para ter uma dimensão exata dos crimes possivelmente praticados e valores obtidos pelo casal.

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Nego Di deve ter os bens bloqueados, o que pode gerar uma queda no Instagram do humorista. O promotor de Justiça responsável pela investigação, Flávio Duarte, revelou também que dois veículos de luxo dos investigados foram sequestrados, e foi apreendida uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro.

A mulher do influenciador foi presa em flagrante. Ao Notícias da TV, a defesa do influenciador e da estudante afirmou que não teve acesso aos autos até o momento.

"A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados", declararam os advogados Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula.

"Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais", acrescentaram.

Histórico do influenciador

Em 2022, Nego Di foi acusado por seus seguidores de vender produtos na web e não entregá-los. O Balanço Geral, da Record, exibiu uma reportagem na qual mais de cem pessoas reclamavam por não terem recebido os itens adquiridos por meio do site Tá Di Zuera!, divulgado pelo influenciador.

Ao saber das denúncias, o ex-BBB falou pelo Instagram sobre o assunto, se disse vítima e negou ser dono da Tá Di Zuera!, apesar de ter afirmado que era proprietário da marca em publicações antigas.

"Na época da divulgação da loja, eu tinha uma confiança no proprietário. Era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Eu nunca imaginei que essas pessoas me aplicariam um golpe. Eu vinha falar que eu era sócio da loja para acalmar os ânimos, estava todo mundo preocupado. Eles me alegavam que estavam tendo problema com a logística, eu acreditei, eu confiava. Nunca fui proprietário, nunca fui sócio, nunca estive no CNPJ, o meu maior erro foi confiar", disparou.

"Eu me sinto vítima de toda essa situação porque também estou tomando um prejuízo, não só moral, mas de imagem e financeiro. Eu trabalho com a minha imagem há sete anos, eu só tenho minha imagem, eu dependo dela. Eu jamais aplicaria golpes nas pessoas", continuou ele.

Na época, ele alegou que venderia seu carro para colaborar na vaquinha para as pessoas que tiveram prejuízo ao comprar no comércio. Em 2023 e 2024, Nego Di foi condenado em alguns processos que seguidores moveram contra ele na época, pedindo ressarcimento dos valores gastos no site e danos morais.