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TARDEZINHA

Galã, Thiaguinho faz as pazes com espelho graças a pagodeiros dos anos 1990

PHILLIPE GUIMARÃES/TV GLOBO

Thiaguinho ergue a mão direita em cima de um palco montado no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

Thiaguinho no palco do Tardezinha; cantor encerra projeto com show gravado no Maracanã, no Rio

DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 14/10/2020 - 7h00

Thiaguinho se tornou uma das referências em beleza masculina para crianças e adolescentes negros. Em paz com o espelho aos 37 anos, o cantor revela que o seu amor-próprio foi reforçado pela onda de pagodeiros que tomou conta do rádio e da televisão durante os anos 1990 --e que se tornou uma mania nacional.

"Quando eu tinha os meus dez anos, Rodriguinho e Alexandre Pires ajudaram muito na minha autoestima. Eles influenciaram não só nos cortes de cabelo, nas roupas, mas também na forma que eu me enxergava. Quando via as meninas da escola falando que eles eram bonitos, notei que tinha alguma esperança (risos)", conta o artista em entrevista ao Notícias da TV.

O músico entendeu o que era "representatividade" muito antes de o termo ganhar as rodas de discussão nas faculdades e nas redes sociais. "Esses caras que vieram antes de mim me ajudaram nesse processo, fico feliz de dar continuidade em reafirmar a beleza do homem negro", avalia.

Ele brinca que o posto de galã, contudo, é de seu amigo Rafael Zulu. "Ele exalta a nossa beleza na mídia, que deveria dar muito mais espaço para isso. Mais da metade do nosso país é negra. Ainda precisamos crescer e muito nesse assunto", considera o cantor.

Zulu, inclusive, foi uma das peças-chave para que o projeto Tardezinha chegasse ao Globoplay. A estreia acontece na próxima quinta (15). Ao longo de quatro episódios, a série documental mostra as origens da roda de samba até o momento em que se tornou uma turnê --foram 162 edições em 22 Estados durante quatro anos e meio.

A proposta começou a tomar forma em 2015, quando Thiaguinho precisou parar de fazer shows aos domingos ao se tornar jurado do reality Superstar. "Conversei com o Zulu e pensamos em fazer um pagode aos domingos de tarde, que era o horário que eu tinha livre", relembra.

Ele nunca imaginou que a festa entre amigos, com músicas nostálgicas, culminaria em uma apresentação de encerramento no estádio do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro, com 40 mil pessoas presentes. "Foi o dia mais feliz da minha vida, porque coroou os meus 18 anos de carreira", arremata o compositor.


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