Eterno Beiçola, Marcos Oliveira revela desejos na terceira idade: 'Tem tesão'

Intérprete de Beiçola em A Grande Família (2001-2014), Marcos Oliveira abriu o coração a respeito dos desejos que tem sentido aos 66 anos. Para o ator, que enfrentou problemas de saúde nos últimos anos, a idade é apenas um número que não o impede de sentir tesão e querer explorar carinho e sexualidade. "Quero receber um abraço, quero um carinho, quero também abraçar, acariciar, ser objeto de desejo", confessou.

Em entrevista à revista Quem durante a entrega do Prêmio PRIO de Humor no Rio de Janeiro, o ator foi sincero quanto à necessidade de afeto que sente e revelou que rejeita totalmente a ideia de que o avançar da idade faz com que as pessoas percam o tesão.

"A gente é dinâmico também. Tem pensamento, tem tesão também. Queremos fod**. Queremos dar uns beijos na boca. Outro dia vi um vídeo de um casal, um senhor e uma senhora, estavam dando um amasso numa festa escondidinho no cantinho. Fiquei assim: 'Olha que maravilha, bicho'", relatou.

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O ator não concorda com a forma caricata e estereotipada com que os idosos são retratados na teledramaturgia. "Parece que o que restou pro velho é ir ao banco. A vida é outra coisa, são outras coisas", afirmou.

Marcos Oliveira ainda acredita que o que realmente muda ao alcançar uma idade mais avançada não é o tesão em si, mas a forma como se chega a ele. 

"É mais um carinho, é mais no alisamento. Não é mais aquele Cirque du Soleil. Fazendo trapézio na cama. É no carinho, é no abraço, é no beijo, na respiração. Não é como na juventude que tem que ser mostrar força, ser forte. Vai devagar, tem uma outra sensibilidade, com carinho também se goza", explicou o ator.

Oliveira passou por graves questões de saúde, mas contou que já está melhor para voltar a trabalhar. O objetivo é se recuperar dos problemas financeiros que seu tratamento acarretou e fugir da desocupação.

"Tudo isso é favorável para que a vida continue: as paixões, o amor, a respiração, a saúde. Agora você fica isolado num canto como imprestável... Não temos mais o direito de falar mais nada, tem que repetir o pensamento de uma sociedade que acha velho que tem que ficar quieto no canto, e isso não vou fazer", finalizou.

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