LUTO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Danuza Leão em entrevista; ex-modelo morreu aos 88 anos por insuficiência respiratória
Danuza Leão morreu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (22). A ex-modelo e escritora sofria de enfisema pulmonar e não resistiu a uma insuficiência respiratória. Irmã da cantora Nara Leão (1942-1989), a também jornalista foi uma das personalidades mais importantes da sociedade carioca do século 20.
O corpo será cremado no Cemitério do Caju, mas a data e horário ainda não foram informados. Danuza nasceu em Itaguaçu, no interior do Espírito Santo, em 26 de julho de 1933. Aos dez anos, ela se mudou com a família para o Rio de Janeiro.
Ela deu início a carreira como modelo na década de 50 e foi a primeira brasileira a desfilar no exterior. Danuza também teve destaque como jurada de programa de TV, entrevistadora, foi proprietária de boutique e trabalhou como produtora de arte.
Estreou como atriz no filme Terra em Transe (1967), longa roteirizado e dirigido por Glauber Rocha (1939-1981). Na obra, ela interpretou a personagem Sílvia.
A dos anos 1990, Danuza Leão chamou a atenção pelo talento como escritora. Na sala com Danuza, livro de etiquetas sociais, liderou a lista dos mais vendidos durante um ano. Lançou em 2004 uma nova edição da obra, Na sala com Danuza 2.
Recebeu o Prêmio Jabuti pela autobiografia Quase Tudo (2005), na qual narra a vida intensa e fala sobre seus casamentos com os jornalistas Samuel Wainer (1910-1980), Antônio Maria (1921-1964) e Renato Machado.
Escreveu ainda Danuza Todo Dia (1990), Crônicas para Guardar (2002), As Aparências Enganam (2004), Danuza Leão Fazendo as Malas (2008) --também ganhador do Prêmio Jabuti--, Danuza Leão de Malas Prontas (2009), É Tudo Tão Simples (2011) e Danuza e Sua Visão de Mundo Sem Juízo (2012).
Ela também alcançou sucesso como cronista e escrevia sobre assuntos variados, como comportamento, relacionamento, família e dicas de etiqueta. A escritora foi colunista do Jornal do Brasil, da Folha de S.Paulo e do caderno ELA, do jornal O Globo.
A ex-modelo foi demitida da Folha de S.Paulo em 2013, pouco depois de causar polêmica ao declarar que as empregadas estavam melhor antes dos direitos propostos pela PEC das Domésticas e dizer que viajar para Nova York perdeu a graça, já que "por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir".
Danuza teve três filhos, frutos da união com o fundador do jornal Última Hora: Samuel Wainer Filho (1955-1984), Pinky Wainer e Bruno Wainer.
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