HERANÇA MILIONÁRIA
REPRODUÇÃO/TV GAZETA
Suzy Camacho: ex-atriz é acusada pelos enteados de tentar aplicar o golpe do baú em empresário
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo pediu que Suzy Camacho abrisse o apartamento em que morava com o marido, Farid Curi, para que fosse feito o levantamento dos bens deixados pelo empresário. Uma mansão do empresário, apresentada pela viúva a Gugu Liberato (1959-2019) em 2015, é alvo de investigação policial pela venda suspeita.
A análise dos bens foi feita na última quarta-feira (22), duas semanas depois de a decisão judicial ter sido expedida, em 6 de março. Suzy estava acompanhada de seu advogado, Braz Martins Neto, da advogada e curadora dativa, Nadia Intakli Giffon, e da defesa dos filhos de Curi.
Nos documentos obtidos pelo Notícias da TV, a Justiça determinou que fosse julgado apenas o que Curi tinha no Brasil, sem levar em conta imóveis no exterior. O levantamento dos bens de um morto é uma medida obrigatória em processos de herança, para assegurar a credibilidade dos valores publicados no balanço patrimonial.
Curi também era dono de uma mansão no condomínio Costa Verde, no bairro de Tabatinga, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. A casa valia R$ 65 milhões, mas foi vendida por R$ 32 milhões. A polícia investiga o anúncio suspeito da residência, que tem 15 dormitórios, 13 suítes, 17 banheiros, 19 vagas de garagem e fica em frente ao mar.
Em reportagem do Domingo Espetacular exibida em agosto do ano passado na Record, a Polícia Civil do Estado de São Paulo afirmou que os documentos da venda da casa estão com o nome da empresa da família de Farid Curi, representada na época por uma das filhas dele.
A assessoria dos filhos de Curi enviou um documento no qual o 4º Distrito de Polícia de São Paulo entende que "é prematura a instauração de investigação para a apurar a venda do imóvel, e aguarda manifestação da Justiça".
À reportagem, o advogado de Suzy informa que a visita no apartamento aconteceu de forma amigável, conforme combinado entre as partes. "Suzy agiu absolutamente de maneira voluntária e orientada por mim. Ela abriu o imóvel e não houve oficial de Justiça ou mandado judicial, nada disso", diz.
"Fomos acompanhados da inventariante dativa, e lá ela relacionou todos os bens que integram o imóvel. Aconteceu de maneira absolutamente urbana. Não houve nenhuma dificuldade. O advogado dos filhos do Farid estava com a gente", explica Braz.
Não houve nenhuma determinação da Justiça, apenas o que aconteceu foi o entendimento entre advogados e inventariante para fazermos as coisas de uma forma harmoniosa.
"Ela atendeu a observação de que a lei prevê para você poder inventariar os bens de um falecido. Você tem que declará-los. O imóvel foi aberto para verificar o que havia lá que fosse suscetível de declaração", conclui Braz.
Suzy se casou com o empresário em 2013; ele tinha 76 anos e ficou conhecido por ser um dos sócios da rede de supermercados Atacadão até 2007, ano em que a companhia foi vendida por mais de R$ 2 bilhões ao Carrefour. O matrimônio foi feito com separação total de bens.
Farid Curi morreu aos 85 anos em setembro do ano passado. Ele entrou em coma em 2020 e ficou sob os cuidados da ex-atriz da Globo durante dois anos em um apartamento em São Paulo. Os filhos dele travam uma batalha judicial e a acusam de maltratar, servir comida estragada, fraudar laudos médicos e burlar a Justiça para dar um golpe.
A apresentadora tentou ser administradora dos bens do marido, assim como seus filhos, mas a Justiça negou o pedido de ambos para evitar tumulto processual. Para isso, uma curadora dativa, profissional designada judicialmente e sem vínculos com as partes, foi designada.
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