LEO DIAS REVELOU
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Anitta foi criticada pela comunidade LGBT+ e por grupos feministas por demorar a aderir à campanha Ele Não
GABRIEL PERLINE
Publicado em 19/3/2019 - 1h24
Atualizado em 19/3/2019 - 4h49
Leo Dias esteve no The Noite da madrugada desta terça (19) para divulgar Furacão Anitta, biografia não autorizada que escreveu sobre a trajetória da funkeira, e antecipou algumas das passagens do livro a Danilo Gentili. Entre elas, os danos provocados à carreira dela por demorar a se posicionar diante da campanha Ele Não, contrária ao presidente Jair Bolsonaro.
O apresentador do Fofocalizando relatou que Anitta ficou incomunicável durante uma semana inteira em setembro do ano passado porque estava em um retiro espiritual. "Ela estava 'deitada para o santo'. Quando ela saiu é que viu que o povo estava em polvorosa. Ela estava se separando e, aliás, ela foi deitar porque estava se separando", disse o jornalista no talk show.
Praticante de Candomblé, ela se recolheu no terreiro que frequenta para poder lidar com os dramas que enfrentava na época, como o fim de seu casamento com Thiago Magalhães e a resolução do imbróglio com sua ex-empresária, Kamilla Fialho. Ficou completamente sem acesso a celular e redes sociais, apenas cumprindo com as suas obrigações no centro religioso.
Exatamente nesse período, estourou a campanha Ele Não, promovida por grupos anti-Bolsonaro durante a corrida presidencial de 2018. Anitta, por estar sem acesso ao celular e sem saber o que estava ocorrendo no mundo virtual, não tomou partido.
Ao longo daqueles dias, sua assessoria de imprensa ficou responsável por atualizar seus perfis, publicando apenas conteúdos atemporais ou materiais de campanhas publicitárias. Sobre a polêmica, Anitta manteve-se em completo silêncio no mundo virtual.
No dia 23 de setembro, ela voltou à vida normal e se deu conta de que sua imagem estava completamente arranhada. Pessoas LGBT+ e feministas, que representam uma enorme fatia de seu público, sentiram no silêncio ensurdecedor de Anitta um descaso e a alçaram ao posto de inimiga, além de acusá-la de se posicionar a favor dos grupos somente em situações em que ela pudesse faturar algum cachê.
Ao ver o que estava acontecendo, decidiu aderir ao movimento Ele Não, quase uma semana após ser intensamente cobrada e criticada pelos fãs. Mesmo dizendo que não apoiava o então candidato Bolsonaro, muitos não a perdoaram.
Ela havia programado para lançar ainda em setembro de 2018 um novo disco, com músicas inéditas. Mas viu que existia uma grande campanha de boicote a seu trabalho e optou por adiar a estreia do material.
Como ela conseguiu reparar parcialmente o estrago na carreira, definiu para o próximo dia 5 a estreia do famigerado álbum.
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