Claudia Raia reclama de maternidade aos 56 anos: 'Ninguém te dá força'

Claudia Raia abriu o jogo sobre maternidade tardia em suas redes sociais. A atriz de 56 anos, que deu à luz Luca em fevereiro, comentou sobre a relação que tem construído com o caçula. A artista aproveitou para rebater ataques etaristas de internautas e reclamou da falta de apoio às mães que têm filhos depois dos 50.

Em um registro publicado nos Stories de seu Instagram na terça (7), Claudia amamentava o filho recém-nascido e discutia sobre a importância do leite materno. "Amamentação não é fácil", admitiu. "Temos que lutar dia a dia. É uma construção mãe e bebê, sua rede de apoio".

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A atriz também publicou um vídeo em que desabafa sobre o etarismo, um tipo de discriminação baseado na idade. Claudia contou que recebeu ataques após se tornar mãe aos 56 anos. "Ninguém questiona o homem nunca, isso é cultural. Se o homem é pai com 80, 90 anos, falam que é incrível, que ele é garanhão", iniciou.

"Agora a mulher, não. Ela tem falência ovariana, são palavras horrorosas, que a mulher vai murchando, acabando, e ninguém mais te dá uma luz no fim do túnel", continuou a artista.

Claudia afirmou que o preconceito também esteve presente em consultórios médicos. "Ninguém acredita que a mulher seja capaz de ter uma gravidez tardia. São mil maneiras de você ser mãe e ninguém te dá força para nada, porque: 'Ah, não, vai ser mãe com 50 anos?'".

Na publicação, Claudia desconstruiu alguns pensamentos machistas enraizados na sociedade. "O homem está intacto. Garanhão, procriando, tudo certo. O espermatozoide dele não diminui --o que é mentira, diminui. Ele continua potente --na maioria das vezes, não é potente", ironizou.

A atriz defendeu uma maior conscientização sobre o etarismo, para que comentários negativos relacionados à idade não sejam mais propagados. "Do mesmo jeito que a gente fala: 'Não faça esse comentário, porque é racista. Não fala assim, porque é homofóbico'. Você também tem que falar: 'Não fala assim porque isso é retrógrado, antigo'".

"É uma visão errada da maternidade, da fertilidade. Neste mundo, não cabe mais essa cultura. A gente tem que mudar. Essa é a forma mais aguda do etarismo", concluiu ela.

Assista ao vídeo:

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