Carlinhos Brown detona Bolsonaro após barrar vaias em show: 'Irresponsabilidade'

Após vetar vaias contra Jair Bolsonaro em um de seus shows, Carlinhos Brown detonou as atitudes do atual presidente e candidato à reeleição. O cantor citou, principalmente, a questão ambiental envolvendo as queimadas na floresta amazônica. "Irresponsabilidade enorme", classificou.

O músico começou a preparação para se apresentar no Carnaval de Nothing Hills em Londres, no Reino Unido, e negou temer represálias pela atual situação do desmatamento da Amazônia, que tem chamado a atenção do mundo todo. "A gente tende a culpar um país quando ocorre um problema. É notório que nem todo mundo pensa assim", declarou, em entrevista à Veja.

Brown ainda se lembrou do assassinato de Dom Phillips (1964-2022), que era seu amigo pessoal. "Dom não era apenas um inglês, era um baiano. Ele era meu amigo. A família dele é do Rio Vermelho, sempre esteve por perto, ajudava dando aulas de inglês para várias comunidades", relatou.

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"Ele se preocupava com o ser humano como um todo. Não era um ativista ecológico apenas, era um ativista social", declarou ele.

Após lamentar a perda do amigo, Carlinhos destacou a violência que vem crescendo no país. "O Brasil já está com uma imagem arranhada lá fora há algum tempo. Temos que parar de usar o Brasil como um arquivo de desastres. Não estamos concordando com esse momento que se vive, aliás, nunca concordamos", ressaltou.

Por fim, o cantor responsabilizou o presidente pelos acontecimentos. "Acredito em punição divina, algo muito maior do que isso aqui que temos. A natureza tem nos aturado, até o momento que não nos queira mais. A gente é muito pequeno diante de tudo isso", disse.

Além da punição divina, Brown espera também que Bolsonaro seja responsabilizado pelo sistema judiciário. "Pela capacidade que se tem no país hoje, com pessoas técnicas para fazer julgamentos necessários, espero que tomem providencias cabais a tudo que está acontecendo", afirmou.

"O comportamento de irresponsabilidade está enorme. Olha como a cultura está largada! Isso só reforça violências e desigualdades", disparou ele.