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JULIA GAMA

Candidata do Brasil no Miss Universo revela sonho premonitório sobre concurso

Reprodução/Instagram

Julia Gama, morena, de cabelo, cacheado, sorridente em frente a uma paisagem

A atriz Julia Gama tem 27 anos e venceu a primeira edição do Miss Brasil feita virtualmente, em 2020

MARÍLIA BARBOSA

marilia@noticiasdatv.com

Publicado em 6/9/2020 - 7h00

Julia Gama, eleita Miss Brasil 2020 em uma cerimônia de coroação virtual, já sabia que se tornaria representante do país no Miss Universo antes mesmo de ser avaliada para o concurso nacional. A atriz teve um sonho premonitório sobre a conquista. "Aumentou minha fé. Sonhei em agosto do ano passado que eu ia para o Miss Universo, representando o Brasil. Quando recebi o convite, sabia que era um sinal de Deus", declara ela.

Gaúcha, natural de Porto Alegre, no Rio de Grande do Sul, ela conta que os quesitos de avaliação para o Miss Brasil foram modificados para que as candidatas, os jurados e a equipe de produção não precisassem se encontrar pessoalmente. Tudo para manter o isolamento social durante a pandemia do coronavírus.

"A organização do Brasil formou uma comissão julgadora, que levantou nomes e avaliou cada uma das mulheres com um material que já estava disponível em domínio público. Os quesitos foram: comunicação, fluência em línguas, engajamento em causas sociais, responsabilidade individual, trajetória profissional, desenvoltura em vídeo, simpatia, empatia e beleza estética", pontua ao Notícias da TV.

Julia Gama foi eleita Miss Brasil 2020 virtualmente (Divulgação/Miss Brasil)

Aos 27 anos, Julia ainda frisa que não soube de nada até o mês de maio, quando a informaram sobre as avaliações. "Eu nem sabia, assim como todas as meninas, que estava sendo avaliada por eles. Ter sido escolhida de maneira sigilosa mostra que eu fui escolhida por ser quem eu sou. E isso me dá uma tranquilidade e uma autoconfiança", completa.

Questionada sobre as expectativas para o Miss Universo, previsto para ser realizado somente no primeiro trimestre de 2021, ela afirma tranquilidade. "Estou muito confiante, a minha bagagem é só o extra que vou levar para lá, mas vou me preparar como se não soubesse nada. Quero todos os melhores profissionais perto de mim e aprender tudo o que eu puder."

Engajada

Julia reconhece que faz parte de um grupo de pessoas privilegiadas no Brasil, por ser branca e estar dentro dos padrões de beleza estipulados no passado. Porém, ela quer usar essas características para abrir espaço às demais pessoas.

"Eu sei que não tenho lugar de fala de muitas coisas, mas agora eu tenho visibilidade, e as pessoas me escutam. Então é o meu papel, enquanto Miss Brasil, ceder espaço para trazer pessoas à pauta que tenham o lugar de fala das causas. Representar as causas pelas quais meu país precisa lutar", argumenta.

A Miss Brasil também repudia a falta de sororidade entre as mulheres, e ressalta a importância de não levar adiante preconceitos com relação ao concurso.

"É importante tirar os concursos de beleza desse lugar errôneo que diz que é só um concurso de estética. Para mim, a base do feminismo é as mulheres se apoiarem. E, partindo disso, não faz sentido que uma julgue a outra pelo sonho de participar de um concurso assim. O primeiro pilar do feminismo é a sororidade", explica.

Julia Gama está confiante para vencer o Miss Universo (Reprodução/Instagram)

Eleita Miss Mundo em 2014, a modelo acredita que parte deste tipo de discriminação tem a ver com a cultura do abuso enraizada na sociedade. Como Miss Brasil, ela quer trazer ao Brasil ensinamentos da China, onde morou nos últimos três anos.

"Vivi em um ambiente em que eu não era exposta a nenhum tipo de abuso. Isso foi muito importante para me dar conta de quantas coisas eu tolerei quando morava no Brasil. O assédio no Brasil está normalizado. Eu voltei muito intolerante com isso, e essa é uma das causas que eu já estou levantando como Miss Brasil", reitera ela, que também é embaixadora internacional da luta contra a hanseníase --doença infecciosa crônica, que causa lesões de pele e danos aos nervos.


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