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LUTO NO CINEMA

Atriz de E O Vento Levou, Olivia de Havilland morre aos 104 anos

REPRODUÇÃO/WARNER BROS.

Olivia de Havilland como Melanie Hamilton em uma imagem preto e branco do filme E O Vento Levou (1940)

Olivia de Havilland como Melanie Hamilton em E O Vento Levou (1939); atriz morreu aos 104 anos

REDAÇÃO

Publicado em 26/7/2020 - 14h47

Intérprete de Melanie Hamilton em ...E O Vento Levou (1939), Olivia de Havilland morreu aos 104 anos em Paris, na França. De acordo com a família, a estrela morreu de causas naturais enquanto dormia. Ícone da era de ouro de Hollywood, ela ganhou dois Oscars de melhor atriz pelos filmes Só Resta Uma Lágrima (1946) e Tarde Demais (1949).

Filha de pais ingleses, Olivia nasceu no Japão em 1916. Foi naturalizada norte-americana e cresceu na Califórnia. Em 1953, mudou-se para Paris, onde viveu fixamente.

Uma das poucas lendas do período clássico do cinema que ainda estava viva, Havilland ficou conhecida pelos papéis de mulheres doces e amáveis. Além de vencer dois Oscars, ela foi indicada outras três vezes por ...E o Vento Levou (1939), A Porta de Ouro (1941) e Na Cova da Serpente (1948).

Olivia de Havilland fez sua estreia no cinema em uma adaptação do clássico Sonho de Uma Noite de Verão em 1935. Na sequência, vieram longas como Capitão Blood (1935), A Carga de Cavalaria Ligeira (1936) e As Aventuras de Robin Hood (1938).

Também atuou nos suspenses Espelho D'Alma (1946), A Dama Enjaulada (1964) e Com a Maldade na Alma (1964). Na TV, participou da minissérie Roots: The Next Generation (1976) e Anastácia: O Mistério de Ana (1986), pela qual ganhou um Emmy e um Globo de Ouro. A estrela trabalhou até 1988, quando decidiu se aposentar.

Oliva fez poucas aparições públicas depois da aposentadoria, mas voltou para Hollywood para participar da 75ª edição dos Oscar em 2003. Em 2008, ela recebeu de George W. Bush, presidente dos Estados Unidos na época, a Medalha Nacional pelas Artes. No ano seguinte, narrou o documentário Alzheimer. Na França, ela foi premiada com a Legião de Honra em 2010.

Ativismo

A atriz também foi reconhecida como ativista pelos direitos dos profissionais do Cinema. Em 1943, Olivia ganhou uma ação na Justiça contra a Warner Bros. em que pedia o rompimento de um contrato que a impedia de trabalhar em outros estúdios. A vitória da intérprete deu origem à Lei de Havilland.

Olivia também foi responsável por protestos em que atores de Hollywood puderam se ver livres da cláusula que permitia que os estúdios definissem os papéis que os profissionais deveriam aceitar.

Além disso, em 2017, a atriz recorreu mais uma vez à Justiça e processou os produtores da série Feud. Ela não gostou da forma como foi retratada na produção que retrata a rivalidade entre Joan Crawford (1904-1977) e Bette Davis (1908-1989).

Homenagem 

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas lamentou a morte em uma publicação no Twitter: "Duas vezes vencedora do Oscar de Melhor Atriz, Olivia de Havilland foi um dos pilares da Era de Ouro de Hollywood e um talento incomensurável. Aqui está uma verdadeira lenda da nossa indústria". Confira:

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