Ator português é morto aos 39 anos; família aponta motivação racista no crime

Bruno Candé Marques foi morto com três tiros no braço e no peito na tarde de sábado (25), em Moscavide, em Loures, nos arredores de Lisboa. O ator português tinha 39 anos e ficou conhecido por participar de A Única Mulher (2015), novela da TVI. Ele foi morto por um homem de 80 anos, e a família aponta que o crime foi motivado por racismo.

De acordo com o Jornal de Notícias, o idoso estava voltando de um bar quando encontrou Bruno sentado em um banco, na companhia da sua cachorra. O assassino, então, derrubou o ator no chão e efetuou os disparos. Ele tentou fugir, mas foi impedido por pedestres, que o seguraram até a chegada da polícia. O ator foi atendido por uma equipe médica, mas morreu no local.

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O crime aconteceu dias depois de o senhor ter se desentendido com a vítima por causa da cadela que a acompanhava. O idoso teria agredido o animal e ameaçado o intérprete de morte.

A família do ator alegou que o homem de 80 anos já o teria insultado várias vezes, dizendo para ele voltar para a sua terra. "Bruno foi barbaramente assassinado, alvejado à queima-roupa com 4 tiros na rua principal de Moscavide. O assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas. Face a esta circunstância fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime hediondo", afirma o comunicado enviado à imprensa portuguesa.

Bruno deixou três filhos, de 7, 6 e 3 anos. Os familiares afirmaram que o artista era "uma pessoa extremamente afável e sociável, o tio preferido dos sobrinhos e um pai brincalhão, dedicado e ligado à sua família, à sua mãe". O homicídio está sendo investigado, e o idoso segue detido pela polícia.