EMILIA CLARKE
DIVULGAÇÃO/HBO
Emilia Clarke destacou importância da série durante recuperação: 'Fiquei dizendo minhas falas'
Publicado em 18/7/2022 - 21h04
Emilia Clarke, atriz de Game of Thrones, revelou ter perdido a funcionalidade de parte do cérebro após sofrer dois aneurismas enquanto trabalhava na série. O primeiro deles aconteceu em 2011, quando a intérprete de Daenerys Targaryen tinha apenas 22 anos. Agora, uma década mais tarde, a artista revelou que os sintomas poderiam ser resumidos como "dor excruciante".
"Foi apenas a dor mais excruciante, além de vômitos enormes, tentando recuperar a consciência. Fiquei dizendo minhas falas da série na cabeça. Se você está vomitando e tem dor de cabeça, isso não é bom para o seu cérebro", resumiu.
"Estou na minoria muito pequena de pessoas que podem sobreviver a isso", explicou em entrevista ao programa Sunday Morning, da BBC. "Foi incrivelmente útil ter Game of Thrones dando um propósito na época", acrescentou.
O segundo aneurisma de Emilia aconteceu dois anos após o primeiro, em 2013. Mesmo tendo se recuperado do problema, com as funcionalidades cerebrais preservadas, a atriz admite que sente que "algo está faltando".
Segundo ela, a sensação é como se seu cérebro tivesse perdido não apenas a funcionalidade de uma parte, mas também como se essa parcela tivesse ido embora de sua cabeça.
"Acidentes vasculares cerebrais, basicamente, acontecem quando qualquer parte do seu cérebro não recebe sangue por um segundo. Assim, o sangue encontra uma rota diferente para se locomover, e qualquer parte que esteja faltando desaparece", detalhou Emilia na conversa.
A atriz destacou que o fato de ter se recuperado completamente é, em resumo, um fator de sorte: pouquíssimas pessoas que passam pelo problema conseguem retomar a própria vida como ela era antes do aneurisma.
"É notável que eu seja capaz de falar, às vezes de forma articulada, e viver minha vida completa e normalmente, sem absolutamente nenhuma repercussão. Sou uma minoria muito, muito, muito pequena de pessoas que podem sobreviver a isso", disse.
De acordo com o Ministério da Saúde, um aneurisma é, basicamente, uma "dilatação anormal de uma artéria. Ele pode se romper e causar uma hemorragia ou permanecer sem estourar durante toda a vida. Os aneurismas podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, como as do cérebro, do coração, do rim ou do abdômen", explica o órgão.
"Os do tipo cerebral e da aorta torácica e abdominal apresentam altas taxas de mortalidade", acrescenta o texto. O tipo cerebral é, justamente, o que Emilia teve em 2011 e 2013.
O problema pode acontecer tanto por causa de um enfraquecimento da parede arterial ou um defeito na estrutura. Nesse segundo caso, em geral o paciente nasce com o pré-disposição.
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