POR VÍDEO NO YOUTUBE
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
A atriz Klara Castanho e a apresentadora Antonia Fontenelle em fotos publicadas no Instagram
A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de Klara Castanho para que as falas de Antonia Fontenelle a seu respeito no caso de estupro fossem retiradas do YouTube. A liminar foi derrubada pela juíza responsável pelo processo sob a alegação de que "não se pode censurar".
Segundo informações do jornal O Globo, a magistrada Flávia Viveiro de Castro, da 2ª Vara Cível da Barra, entendeu que excluir a gravação na qual Antonia menciona a gravidez indesejada de Klara, que ainda não havia sido exposta na mídia, significaria agir contra a liberdade de expressão.
Na ocasião em que fez o comentário, a apresentadora não mencionou o nome da jovem, mas afirmou que se tratava de uma atriz da Globo, de 21 anos, que tinha parido um filho e pedido para que o hospital doasse a criança.
"Os fatos relatados neste processo são de conhecimento público. Inclusive no que diz respeito às declarações publicadas pela ré, que, pelo que se viu no YouTube para poder decidir a tutela antecipada, no primeiro momento não revelou o nome da autora em suas críticas", explica a magistrada, em um trecho do processo.
"Desta forma, não se justifica o segredo de justiça. Trata-se de pretensão que objetiva responsabilizar a ré por suas declarações e postagens", acrescenta.
"Os comentários sobre os fatos, as postagens estão todas na rede social. Não se pode censurar um discurso, por mais que com ele não concordemos. Isso, entretanto, não livra aquele que publica e emite opinião ofensiva, ou que espalha um discurso de ódio, produzida a prova e provados os fatos, de ser responsabilizado pelo que divulgou", completa.
Apesar da decisão da Justiça, a atriz ainda pede uma indenização por ter sido atacada pela apresentadora
Em 27 de junho, Antonia Fontenelle usou o Instagram para reclamar após ter sido apontada pela reportagem do Fantástico como uma das pessoas que colaboraram para exposição do estupro sofrido por Klara.
Apesar de ter de fato sido uma das primeiras pessoas públicas a falar sobre o assunto em suas redes sociais, ela afirmou que não teve culpa pelo vazamento das informações.
"Como um país que tem o jornalismo da TV Globo como referência vai dar certo?", alfinetou ela em seus Stories do Instagram. "Eu acabei de ver uma matéria, que eu diria covarde, no Fantástico, me atacando, citando meu nome como a vilã de uma história macabra", completou.
"Não fui eu a precursora dessa notícia, já sabia há um tempo, mas quando todo mundo começou a falar, eu também falei. O vilão dessa história é o estuprador. Que tal a gente ir para o cerne da questão? A moça relatou que foi estuprada, mas acho que vocês não estão preocupados com isso, não... Covardia", acusou Antonia.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.