Protagonista do filme
Reprodução/TV Globo
Carla Diaz contou no Programa Encontro que se preparava para enfrentar um grande desafio no cinema
ANA CORA LIMA
Publicado em 8/8/2019 - 4h45
Carla Diaz se prepara para começar a rodar as primeiras cenas como Suzane Von Richthofen no longa sobre a história da jovem que, aos 19 anos, planejou a morte dos pais com a ajuda do namorado e do cunhado. Mesmo 17 anos depois, o crime ainda gera revolta, e a atriz foi detonada ao ser anunciada como protagonista do filme. As críticas levaram Carla a recusar um encontro com a personagem real da produção.
"Não tem necessidade [de conhecê-la]. Eu respeito todas as opiniões. Mas não é a primeira vez que o cinema retrata uma trama polêmica ou um crime bárbaro, né? Claro que é difícil entender como uma filha pode cometer uma atrocidade dessas com os pais. Chocou e ainda choca as pessoas. O meu trabalho é ficção. A Suzane vai estar lá presa, cumprindo sua pena, e eu aqui trabalhando", explica.
Aos 28 anos, Carla revela que, por motivos contratuais, não pode contar detalhes sobre a preparação de A Menina que Matou os Pais, título provisório do longa que ainda não tem data de lançamento. A atriz, que estava no ar na novela Espelho da Vida até abril na Globo, não esconde a ansiedade com o trabalho.
"Estamos bem no início. Tivemos alguns encontros, reuniões, leituras e ensaios. A previsão de começar a rodar é início de setembro ou no máximo no mês seguinte. Estou ansiosa porque é um grande desafio na minha carreira. Sinto até um friozinho na barriga", assume.
A direção do filme é de Maurício Eça e o roteiro da dupla formada pela criminóloga e escritora Ilana Casoy e pelo escritor Raphael Montes. Em 2016, a Record chegou a negociar a produção de um filme e uma série sobre a vida de Suzane.
Suzane Von Richthofen é réu confessa e foi condenada a 39 anos de prisão por ter planejado a morte dos pais Manfred e Marísia, em 2002, aos 19 anos. Eles foram assassinados a pauladas pelo então namorado da estudante de Direito, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Christian. Os dois foram condenados a 39 anos e 38 anos de prisão, respectivamente.
Suzane está em regime semiaberto desde 2015 e tem direito a saídas temporárias na Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal/Ano Novo. Já Daniel Cravinhos cumpre a pena no regime aberto.
Após ser condenado a quatro anos e oito meses de prisão pelo crime de corrupção ativa, Christian Cravinhos voltou para cadeia no fim do ano passado. Ele tentou subornar dois policiais depois de uma briga em um bar. A confusão aconteceu na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, em abril de 2018.
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