APURAÇÂO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Tiago Tadeu Faria durante a apuração das escolas de samba no Carnaval de São Paulo, em 2012
Há 11 anos, a apuração das notas dadas pelos jurados aos desfiles das escolas de samba do Carnaval de São Paulo terminou em confusão e vandalismo. Tiago Tadeu Faria roubou a cena ao invadir o local onde as notas eram reveladas e rasgar papéis com as anotações dos jurados. De lá para cá, ele teve participação em roubos a banco e foi preso.
Faria ficou conhecido como Gianecchini do crime, por seu porte de galã e seu gosto por publicar fotos nas redes sociais em que exibia sua forma física.
Em 2012, ele ganhou repercussão pela atitude violenta e repentina de invadir a mesa da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, pegar os papéis onde estavam registradas as notas dos jurados e rasgá-los. O vândalo também agrediu o locutor com um chute.
O ato foi uma demonstração de revolta em relação às notas dadas aos desfiles daquele ano. Faria foi apontado como integrante da Império de Casa Verde e não gostou das opiniões dos jurados.
Confira vídeo do momento de revolta dele:
CENA ÉPICA DA APURAÇÃO DE SÃO PAULO- O RASGADOR DE NOTAS. pic.twitter.com/ijF013FJB8
— no context carnaval (@carnaval_no) December 19, 2019
O homem chegou a ser preso por causa da confusão e das agressões, mas pagou fiança de R$ 12.400 e foi solto. Um ano depois, a Justiça de São Paulo o absolveu por não considerar que houvesse crime nos atos de rasgar as notas e destruir lixeiras e grades do sambódromo do Anhembi.
No entanto, a trajetória de Faria evoluiu para delitos mais graves. Ele foi preso em setembro de 2020 por envolvimento em ataques a banco. Faria foi identificado graças a seu material genético, encontrado num carro apreendido pela polícia.
O criminoso fazia parte de uma quadrilha envolvida em roubos e explosões a bancos no interior de São Paulo, em Iacanga, Botucatu, Bauru e Ourinhos. No assalto ao banco em Ourinhos, em maio de 2020, foram levados R$ 50 milhões.
Em novembro de 2021, Tiago Tadeu Faria foi condenado pela Justiça Federal a a 19 anos, 8 meses e 25 dias de prisão por apenas um dos roubos, que ocorreu em Bauru em setembro de 2018. Ele não teve direito de recorrer em liberdade. A defesa de Faria negou participação dele no crime.
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