Mesmo massacrado pelo público, BBB 22 fatura alto até último dia no ar

Com elenco morno, o BBB 22 fica marcado por ser uma edição que não entregou o entretenimento que o público gostaria, mas a Globo se apega ao sucesso comercial para responder aos críticos. A final do programa, que vai ao ar no dia 26, teve que abrir espaços extras em intervalos para atender a alta demanda publicitária. Ações de merchandising em provas ainda são negociadas com empresas que desejam investir no reality show.

Foi o caso da Ademicon, uma marca de consórcio que jamais tinha anunciado no programa comandado por Tadeu Schmidt desde sua estreia, em 2002. A empresa foi patrocinadora da Prova do Líder que resultou no paredão falso desta terça (5). Paulo André foi seu vencedor, e houve um sorteio de prêmio em dinheiro, conquistado por Jessilane Alves.

Segundo apurou o Notícias da TV, essa ação só foi fechada pelo departamento comercial no mês de março, quando o programa já estava no ar --e seu conteúdo já estava sendo massacrado por fãs. Pesou a favor o fato de o Big Brother ser a maior audiência da Globo até então. Com a estreia de Pantanal, o reality caiu para o segundo lugar. 

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A exposição não foi barata. Somente com prêmios para os participantes Paulo André e Jessilane Alves foram injetados pelo anunciante R$ 200 mil. Para efeito de comparação, o valor pago a cada um dos vencedores (P.A. e Jessi) ultrapassa o que a Globo paga para o terceiro colocado do reality, R$ 50 mil. 

A Globo abriu novos espaços de mídia avulsa para comerciais de 30 segundos na final. Os intervalos já haviam sido negociados até então, mas a emissora remanejou o planejamento para caber mais anunciantes no dia de revelar o campeão do BBB.

No mercado, o último dia do programa é comparado ao que acontece no Superbowl nos Estados Unidos, devido ao alcance e repercussão, além do volume de dinheiro investido por empresas que querem publicidade. Em 2021, por exemplo, empresas como Netflix e Unilever anunciaram novidades na final do Big Brother Brasil.