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ESCÂNDALO

Felipe Prior quebra o silêncio e rebate denúncias de estupro: 'Nunca cometi violência'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Felipe Prior em cena do vídeo publicado em suas redes sociais

Felipe Prior publicou vídeo nas redes sociais e rebateu as acusações de estupro feitas contra ele

REDAÇÃO

Publicado em 3/4/2020 - 19h54

Felipe Prior usou suas redes sociais na noite desta sexta-feira (3) para se defender e rebater as acusações de que teria estuprado duas garotas e teria tentado estuprar uma terceira em eventos universitários, realizados entre 2014 e 2018. "Nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém, sou inocente", disse o ex-BBB20, em vídeo.

"Brasil, vocês devem me conhecer, eu sou Felipe Prior. Ontem [2] eu cheguei em casa e recebi todo o carinho dos meus fãs, da minha família, o que é muito importante pra mim. EU estou muito chateado, desconheço todos os fatos apresentados. Nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém, sou inocente", falou ele.

"O que me deixa chateado é saber que depois que eu entrei na casa as pessoas apresentaram uma denúncia pesada contra mim, os meus advogados estão tomando todas as providências", explicou o arquiteto.

"Gostaria de dizer ao público que todo o carinho que eles estão me passando me deixam mais forte, pra mim esse é o principal. Minha consciência tá muito tranquila", disse Prior. Assista ao vídeo abaixo:

Ver essa foto no Instagram

Felipe Prior, por sua assessoria, informa que não tomou conhecimento do teor de acusações de crimes que jamais cometeu, e que jamais cometeria. Por enquanto, Felipe Prior repudia, veementemente, as levianas informações espalhadas sobre supostos fatos que teriam ocorrido há anos, mas somente agora, depois de ter adquirido visibilidade pública, são manobrados. Felipe Prior estará à disposição das autoridades para qualquer tipo de questionamento, e adotará todas as medidas necessárias contra os que investem contra a sua civilidade. DRA. CAROLINA TIEPPO PUGLIESE RIBEIRO – OAB/SP 383.251 DR. RAFAEL TIEPPO PUGLIESE RIBEIRO – OAB/SP 405.091 DRA. CELLY F. DE MESQUITA PRIOR – OAB/SP 416.300

Uma publicação compartilhada por Felipe Prior (@felipeprior) em


Entenda o caso

Eliminado do reality show da Globo na última terça-feira (31), Prior terá de responder a duas acusações de estupro e uma de tentativa de estupro.

Três mulheres afirmam que o arquiteto cometeu essas violências nos anos de 2014, 2016 e 2018, de acordo com documento protocolado no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal em São Paulo, em 17 de março de 2020. Todas as vítimas dizem ter ficado traumatizadas. O Ministério Público de São Paulo pediu a instauração de um inquérito policial para investigar os casos.

O documento, chamado notitia criminis, é o primeiro passo para uma investigação criminal contra o ex-BBB. As advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente representam as três mulheres que teriam sofrido abusos sexuais de Prior em situações diferentes.

Assim que o arquiteto entrou para o reality, nas redes sociais começaram a surgir histórias sobre suposto comportamento desrespeitoso e assediador dele durante o período em que cursou a faculdade de Arquitetura na Universidade Mackenzie, em São Paulo, e nas festas universitárias que frequentou mesmo depois de formado. As três vítimas se encontraram pelas redes sociais e decidiram denunciar Prior.

As mulheres deram depoimento exclusivo à revista Marie Claire sobre as violências que dizem ter sofrido. A primeira, chamada de Themis (nome fictício para proteger a identidade da vítima), contou que estava bêbada numa festa em 2014 quando Prior teria se oferecido para levá-la, junto com uma amiga, para casa. A amiga foi deixada antes e, quando estava a sós com o ex-BBB, ela teria sido estuprada pelo arquiteto, apesar de recusar as investidas dele e pedir para parar diversas vezes.

No caso de Themis, ela disse que o ato lhe deixou muito machucada, com um corte profundo em sua região genital. Relatou que foi para o hospital, precisou usar fralda geriátrica pela grande quantidade de sangue que perdia, ficou uma semana de cama e teve dificuldade de falar sobre o que aconteceu mesmo após começar tratamento psicoterápico. Ela ainda enfrentou crises de choro e de pânico.

Dois anos depois, nos jogos universitários para cursos de Arquitetura, chamados de InterFau, Prior teria tentado estuprar outra garota, chamada de Freya. Ele também teria se aproveitado da embriaguez dela para levá-la à sua barraca e forçar o sexo. A jovem, no entanto, diz que conseguiu se desvencilhar e fugir.

Já nos jogos InterFau de 2018, outra garota não teria tido a mesma sorte. Prior também é acusado de levar uma jovem, chamada de Ísis, para sua barraca, mas teria começado a conduzir a relação com agressividade. Ísis o acusou de estapeá-la e estuprá-la.

A jovem disse que gritou muito, chorou e pediu para parar, mas ele teria a imobilizado e continuado. Pessoas nas barracas ao lado ouviram. Elas serviram de testemunha no documento de acusação.

A Globo se pronunciou sobre as acusações: "A Globo é veementemente contra qualquer tipo de violência, como se percebe diariamente em seus programas jornalísticos e mesmo nas obras do entretenimento, e entende que cabe às autoridades a apuração rigorosa de denúncias como estas", disse em nota. 


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