Com Lula e Bolsonaro, debate dispara e dá maior ibope à Globo desde BBB 22

A Globo realizou o último debate entre os candidatos à Presidência da República nesta quinta (29). Exibido até o início da madrugada, o encontro mediado por William Bonner rendeu uma boa audiência para a emissora --com números que não eram vistos desde o fim do BBB 22. Em comparação com a última eleição em 2018, o ibope cresceu.

Segundo os dados obtidos pelo Notícias da TV, o evento marcou 24 pontos de média, com pico de 35 das 22h30 à 1h50 na Grande São Paulo. No mesmo horário, a Record marcou 5 com A Fazenda 14, Jornal da Record e a programação da Igreja Universal do Reino de Deus; o SBT obteve 4 com Programa do Ratinho, A Praça é Nossa e The Noite; e a Band ficou com 1. 

Esse é o maior índice da linha de shows da Globo, sem contar transmissões do futebol brasileiro, desde a final do Big Brother. Em abril deste ano, o reality show vencido por Arthur Aguiar obteve 26 pontos. 

No Rio de Janeiro, a audiência também foi maior que a esperada. A Globo marcou 29 pontos de média contra 5 da Record e 3 do SBT. Todas as outras emissoras ficaram no traço. No PNT (Painel Nacional de Televisão), que soma as 15 principais metrópoles do Brasil medidas pelo Kantar Ibope, a Globo alcançou 26 pontos. Foi o melhor desempenho de debate no primeiro turno desde 2006.

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Quem também se deu bem foi a GloboNews. O debate alcançou 3 pontos de média no Ibope PNT da TV paga e foi líder geral entre todos os canais.

A audiência foi maior no primeiro bloco, quando recebeu diretamente da novela Pantanal. Na reta final, a trama de Bruno Luperi entregou no Ibope com 34,3 pontos para o debate.

Com isso, o primeiro bloco --das 22h30 às 23h18-- marcou 30,4 pontos. Em 2018, a mesma faixa marcou 26 pontos. No Rio, a audiência foi de 35 pontos ante 30 da última eleição.

No segundo bloco, com temas escolhidos por sorteio, a audiência caiu para 26 pontos na capital paulista. No terceiro, novamente em tema livre, marcou 24 pontos. O quarto bloco obteve 20 pontos. 

A audiência poderia ser ainda maior se um embate esperado acontecesse: em nenhum momento, Lula e Bolsonaro ficaram frente a frente no púlpito do debate. Entretanto, eles trocaram pedidos de direitos de resposta e ofensas nos 20 primeiros minutos de evento.

O momento mais quente aconteceu entre o petista e padre Kelmon (PTB), que discutiram ao vivo e foram repreendidos Bonner, que perdeu a paciência e deu uma bronca no sacerdote por desrespeitar as regras combinadas.