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ABSTINÊNCIA

Viciado, Theo fica agressivo em Travessia: entenda quando jogo vira risco

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Ricardo Silva, intérprete de Theo, está em frente a um computador, com a mão por cima do mouse, jogando

Ricardo Silva interpreta Theo, um adolescente que faz uso excessivo do celular e de videogames

ANA BARDELLA

anabardella@noticiasdatv.com

Publicado em 15/3/2023 - 6h25

Em Travessia, por mais que a família de Theo (Ricardo Silva) se esforce, o adolescente sofre para sair da frente do computador. Apaixonado pelo universo dos videogames, seu impulso é passar a maior parte do tempo jogando, a ponto de virar noites e sequer participar das refeições. Na trama, Laís (Indira Nascimento) e Monteiro (Ailton Graça) precisaram recorrer a um psicólogo especializado para ajudar o garoto, já que suas reações se tornaram agressivas. Mas como ajudar quem vive esse drama na vida real?

Em entrevista ao Notícias da TV, a doutora em psicologia clínica Luiza Brandão explica como auxiliar jovens em situações semelhantes. A profissional ressalta que, para os adolescentes, é mais difícil perceber exageros e a consequência deles para a saúde.

Isso porque o cérebro não está totalmente amadurecido. "O córtex pré-frontal ainda está em processo de desenvolvimento, e isso dificulta a tomada de decisões a longo prazo", detalha. Neste contexto, o uso do videogame requer atenção: "É algo estimulante e poderoso. Os jovens podem desejar ficar ali durante muito tempo", alerta.

Reclamar às vezes para conseguir superar uma fase ou terminar um jogo é normal. Mas a situação passa dos limites quando a insistência afeta outros aspectos da vida. "Nos casos mais graves, o comportamento atrapalha o sono, o desempenho escolar e os relacionamentos dentro e fora de casa. O adolescente pode, inclusive, mentir sobre a quantidade de tempo que passa nas telas", elenca.

Todos estes sinais de alerta foram dados por Theo na novela de Gloria Perez. Embora seus pais o repreendessem e tentassem estabelecer combinados, ele seguia extrapolando no tempo dedicado aos jogos. Em situações deste tipo, a psicóloga recomenda que a família procure auxílio profissional, como ocorreu em Travessia. "O ideal é levar o adolescente para se consultar com um psicólogo ou psiquiatra", esclarece. 

Uma vez identificado o problema, as estratégias de tratamento começam a ser traçadas. "É preciso saber se o adolescente em questão apresenta outros transtornos, como déficit de atenção [TDAH], ansiedade ou depressão, e então direcioná-lo para o tratamento correto", explica Luiza Brandão. 

O importante, segundo a psicóloga, é não menosprezar o problema nem acreditar que ele vai se resolver sozinho. "Estudos apontam que jovens com este problema necessitam de intervenção, caso contrário podem ter prejuízos à saúde mental quando chegarem à vida adulta", alerta. 

Por fim, a especialista recomenda que os pais estejam sempre atentos à classificação indicativa dos jogos eletrônicos e que monitorem o que os menores de idade fazem e com quem interagem no ambiente digital. "Mais do que proibir ou punir, vale a pena ensinar o jovem a ter um pensamento crítico sobre o que acessa, a fim de prevenir usos problemáticos de quaisquer plataformas", finaliza. 


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