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DEPRESSÃO E ANSIEDADE

Relação 'ioiô' como a de Maiara e Fernando prejudica saúde mental; saiba por quê

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Maiara e Fernando na praia usando roupas coloridas e óculos escuros

Maiara e Fernando em clipe da música Menina de 30; casal de cantores reatou namoro pela sétima vez

JESSICA ALEXANDRINO

jessica@noticiasdatv.com

Publicado em 15/10/2020 - 7h00

Fernando Zor e Maiara, da dupla com Maraisa, reataram o namoro pela sétima vez em menos de um ano e meio. Segundo especialistas, terminar e voltar com o mesmo parceiro com muita frequência gera insegurança e favorece o desenvolvimento de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão. 

Uma pesquisa divulgada em 2018 pela revista norte-americana Family Relations apontou que casais que já se separaram e voltaram apresentam maiores taxas de abuso, comunicação ruim e menos compromisso. O estudo feito com mais de 500 pessoas mostrou que, quanto mais rompimentos e reconciliações, maiores os sinais de sofrimento psicológico.

A psicóloga Katree Zuanazzi pontua que relacionamentos amorosos podem causar bem-estar ou mal-estar. "Quando a relação é satisfatória, se libera no cérebro dopamina, serotonina, ocitocina e norepinefrina, que são conhecidas como neurotransmissores da felicidade. A pessoa se sente bem, segura, leve e animada. Isso fica perceptível até mesmo no semblante e na forma de se comunicar."

Quando a situação é inversa, o cortizol é liberado. "Esse é o neurotransmissor do estresse. Até a pele fica sem viço. Isso de forma continuada causa desordens físicas", diz a diretora do Instituto Brilhar Saúde Mental de Curitiba.

A especialista explica que o quadro de depressão e ansiedade surge pela montanha-russa de emoções causadas pelo vaivém de um relacionamento instável. "Cada término é um pequeno trauma que vai desgastando a autoestima da pessoa e a sua fé no amor. Esses sentimentos ruins fazem uma confusão na neuroquímica cerebral que gera uma tristeza profunda."

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Bruna Marquezine e Neymar já foram um casal

O casal de sertanejos não é o único exemplo famoso de relacionamento "ioiô". Bruna Marquezine e Neymar também viveram uma história de idas e vindas durante alguns anos e, em participação recente no canal do YouTube de Giovanna Ewbank, a atriz revelou que se arrepende de ter insistido muito em algumas relações.

O público logo associou a afirmação da morena ao namoro dela com o jogador. Apesar de ter terminado pela última vez em 2018, o casal ainda tem grande torcida por parte dos fãs.

A psicóloga esclarece que o problema não está no ato de reatar, mas na repetição das atitudes. "O casal precisa saber se a incompatibilidade que resultou na primeira separação é maior do que o sentimento. Se não consegue ver com clareza o que precisa melhorar, o relacionamento está fadado ao fracasso, mas os dois se recusam a admitir", ensina.

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Léo Santana e Lore Improta seguem juntos

Léo Santana e Lore Improta estão juntos há três anos e meio e já romperam seis vezes. Em entrevista à revista Quem, a dançarina contou que o cantor é impulsivo e sempre é ele quem decide terminar. Em compensação, o baiano revelou que não tem dificuldade em assumir os erros e pedir para voltar. Diferentemente da loira que, mesmo sofrendo, não dá o braço a torcer. 

Katree ressalta a importância de tirar uma lição dos erros do passado para que o ciclo não se torne vicioso e o casal se fortaleça. "Onde há repetição e sofrimento existe algo errado. É um sinal de alerta", avisa.

"O que mais faz as pessoas permanecerem em um relacionamento infeliz é a baixa autoestima e o medo de não encontrar alguém melhor", finaliza.

O psicólogo Ricardo Milito explica que, muitas vezes, a reflexão sobre o que não está funcionando vem depois da reconciliação, mas que nem sempre isso acontece. "É comum os casais decidirem não refletir e conversar sobre suas questões por dificuldades de comunicação, medo e esperança de que tudo vai melhorar."

A terapia de casal é uma grande aliada nesses casos, pois tem a função de trazer um olhar neutro e imparcial para a situação. O objetivo deste tratamento é buscar o que é melhor para os dois e mostrar se ainda existe chance de salvar a relação ou se é preciso encerrar o vínculo.

"Mas, para que se alcance o resultado desejado, é essencial que ambos estejam interessados em participar", adverte o especialista.


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