OPERADA ÀS PRESSAS
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Marília Gabriela durante entrevista ao canal Téte a Theo; apresentadora passou por cirurgia
Recentemente, Marília Gabriela se afastou das redes sociais por conta de uma cirurgia de emergência. A apresentadora de 75 anos revelou ter sido diagnosticada com prolapso genital. A sexóloga Débora Pádua alerta sobre a condição, que costuma afetar mulheres mais maduras.
Ao Notícias da TV, a especialista, que também é fisioterapeuta pélvica, explica que o "prolapso é um deslocamento que acontece com um ou mais órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero e o reto".
"Isso faz com que o órgão se desloque da cavidade dele em direção ao canal vaginal, fazendo com que a pessoa sinta incômodo. Ela pode sentir ainda um peso no pé da barriga", detalha.
Segundo a especialista, mulheres mais novas podem ser diagnosticadas com prolapso, no entanto, são as mulheres com idades mais avançadas que costumam sofrer com o problema. Isso acontece, principalmente, com aquelas que passam por muitos partos.
A idade conta, mas conta também o peso, conta se a mulher passou por muitos partos, mais de três, por exemplo, principalmente os partos vaginais. A própria gestação faz com que a mulher corra o risco de ter prolapso, pois ela ganha muito peso em cima da musculatura.
A sexóloga ressalta que nem sempre as pacientes precisam ser submetidas a procedimentos cirúrgicos. Para entender a necessidade de cada mulher é necessário procurar ajuda de um especialista.
"O grau que o paciente tem é avaliado e, se for um grau mais adiantado, quando o deslocamento é maior, aí é necessário passar pela cirurgia. O deslocamento pode aparecer para fora do canal vaginal. Nesses casos, muitas vezes, é indicada a cirurgia", explica.
A ginecologista e obstetra Natália Castro complementa a fala da colega e alerta sobre os perigos de não procurar ajuda adequada quando se tem o diagnóstico:
Quando o prolapso evolui para estágios mais graves e não há o tratamento correto, podem ocorrer complicações, como hidronefrose [inchaço dos rins] e obstrução urinária ou intestinal.
Segundo as especialistas, a fisioterapia pélvica é uma das principais formas de tratar o prolapso, já que a técnica atua como uma forma de fortalecimento muscular.
"Exercícios pélvicos podem prevenir. A fisioterapia pélvica cuida exclusivamente desse conjunto muscular. A gente faz a prevenção ou o tratamento em casos que o grau é menor, para que o caso não evolua para uma cirurgia", diz Débora.
"A prevenção existe e é composta por ações multifatoriais, além da fisioterapia pélvica, temos a manutenção dos níveis de estrogênio como terapia hormonal, quando indicada, e terapia local, que sempre deve ser prescrita pelo seu ginecologista, de forma individualizada e usando os critérios de elegibilidade", acrescenta Natália.
A sexóloga ainda reforça que pacientes operadas também precisam passar pela fisioterapia, pois um tratamento é complementar ao outro em busca da recuperação plena:
Ela ainda vai precisar do fortalecimento para que não aconteça o prolapso de um outro órgão. Isso pode acontecer. Se ela tem um prolapso uterino, isso não impede que ela tenha um prolapso de bexiga posteriormente. Tem que cuidar da musculatura.
"O pós-operatório tem que ser indicado pelo ginecologista cirurgião que operou, mas, no geral, a mulher não pode fazer força, não pode pegar peso, não pode ter relações sexuais por um tempo, e, quando for liberada, precisa fazer a terapia pélvica, mas isso é liberado pelo ginecologista, pois depende da técnica usada durante o procedimento", completa Débora.
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