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SAVAGE FENTY

Por que a diversidade de corpos no desfile de lingerie de Rihanna é tão importante

REPRODUÇÃO/AMAZON PRIME VIDEO

A cantora e empresária Rihanna em seu show Savage x Fenty Vol. 2, disponível no Prime Video

Rihanna em seu show Savage x Fenty Vol. 2, disponível no Prime Video; corpos que representam todos os tipos

KELLY MIYASHIRO

kelly@noticiasdatv.com

Publicado em 10/10/2020 - 6h45

Apesar da controvérsia envolvendo o desrespeito à cultura muçulmana no show Savage x Fenty Vol. 2, disponível no Prime Video, Rihanna conseguiu manter o foco de seu desfile de lingerie na diversidade de corpos dos modelos. A presença de negros, gordos, magros, brancos, entre outros é um grande marco no movimento pela representatividade.

"Eu procuro características únicas em pessoas que geralmente não se destacam no mundo da moda em relação à lingerie e a ser sexy --o que a sociedade enxerga como sexy", explica a cantora na primeiras cenas da primeira edição do Savage x Fenty Show, lançada em 2019. 

A grife lançada por Rihanna em 2017 já chegou no mercado com a premissa de fazer todas as mulheres se sentirem empoderadas e bonitas, independentemente do número em seus manequins. Em 2020, a empresária e cantora atingiu ainda um novo patamar: fazer homens negros e gordos também se sentirem representados. 

Após o desfile mais recente, vários fãs da artista foram às redes sociais para enaltecer o fato de que o site da Fenty usa em seu catálogo de produtos modelos de diferentes corpos, não só aquele padrão "musculoso". 

Para reforçar a importância da diversidade, Rihanna não só contou com vários modelos e dançarinos de diferentes corpos, mas também com um time de famosas diferentes entre si, como Rosalía, Lizzo, Bella Hadid, Normani, Indya Moore, Paris Hilton, Demi Moore, Paloma Elsesser, Willow Smith, entre outras. 

Em uma das cenas do desfile, inclusive, Lizzo aparece vestida com um conjunto azul enquanto dança livremente na frente de um espelho, dando um show de amor próprio. Uma mensagem poderosa a meninas e mulheres que possuem um biotipo semelhante à dona do hit Good as Hell-- música sobre se sentir bem com a própria aparência. 

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Just when you thought I couldn’t love myself any more. TONIGHT. @savagexfenty.

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O que torna Rihanna e o Savage x Fenty Show tão importantes é justamente essa quebra do padrão criado pela mídia e por sociedades machistas, que definiram o branco e o magro como meta de vida para várias gerações de mulheres.

Além disso, a ressignificação da sensualidade dá esperança às pessoas que nunca se encaixaram nesse padrão, uma realidade bem diferenta da marca Victoria's Secret, empresa que faturou bilhões de dólares por ano graças aos desfiles com as angels --modelos supermagras e, em sua maioria, brancas.

O que a Victoria's Secret fazia com os shows, cancelados desde 2019, e segue fazendo em suas campanhas publicitárias seria reforçar o padrão estético imposto pela sociedade patriarcal: de que mulheres só são bonitas se forem brancas, esqueléticas, mas com peitos e bundas grandes.

Coincidência ou não, foi após se apresentar no famoso desfile da grife norte-americana que Rihanna começou a investir na carreira de empresária e lançou sua grife de roupas íntimas. 


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