EX-BBB
REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Vanessa Lopes no BBB 24; a dançarina desistiu do reality após apresentar oscilações de humor
Um mês após desistir do BBB 24, Vanessa Lopes quebrou o silêncio e revelou que foi diagnosticada com quadro psicótico agudo. Durante o tempo em que esteve confinada, ela apresentou oscilações de humor e deixou os colegas de jogo bastante confusos. Jessica Martani, médica psiquiatra, explica que o caso da tiktoker tem a ver com uma "desconexão da realidade que ocasiona alucinações e delírios".
Ao Notícias da TV, a especialista lista as características de quem sofre com o mesmo diagnóstico da jovem. "O quadro psicótico agudo ocorre quando há uma desconexão da realidade. Isso pode ocasionar alucinações, delírios e um comportamento incongruente."
"Os principais conteúdos dos delírios são pensamentos persecutórios [de perseguição] e pensamentos de grandeza. O quadro pode acontecer em qualquer pessoa, mas é mais comum entre 18 e 35 anos. Questões genéticas também influenciam muito no desencadeamento do quadro, além do uso de substâncias psicoativas", acrescenta.
Segundo a especialista, o fato de Vanessa ter sido confinada para o reality da Globo colaborou para que ela desenvolvesse o diagnóstico. Sentimentos e traumas da sister foram gatilhos que causaram as oscilações de humor.
É um ambiente totalmente hostil. A pessoa fica trancada em uma casa onde todos estão concorrendo a um prêmio; portanto, existe a sensação de insegurança. Além disso, existe o fato de estar aprisionado com pessoas desconhecidas e que querem eliminar umas as outras.
"Há muita exposição e muita pressão. Para pessoas que trabalham com redes sociais e estão sempre em meio a aparelhos eletrônicos, estar sem esses dispositivos pode ser um gatilho que piora o sofrimento."
A psiquiatra explica que pacientes com o mesmo diagnóstico de Vanessa precisam da ajuda das pessoas próximas e também de um tratamento adequado para conseguir retornar às atividades rotineiras.
A melhor forma para ajudar quem sofre com isso é, a partir do momento em que perceber uma alteração do comportamento dessa pessoa, conversar com os familiares e até mesmo marcar uma consulta com um médico psiquiatra. É importante agir com empatia, calma e apoio. Se a pessoa estiver em risco ou apresentar um comportamento de risco, será necessário um atendimento de emergência.
"O tratamento é justamente contar com o apoio de um médico psiquiatra que, com as medicações adequadas, conseguirá retirar essa pessoa da crise. Além do tratamento médico, é muito importante ter uma rede de apoio, abandonar o uso de substâncias psicoativas e que a família esteja junto para que a pessoa não se esqueça do uso das medicações", completa.
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