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SEXÓLOGO EXPLICA

Defendido por Angélica, vibrador pode ser prejudicial para a saúde sexual da mulher?

Reprodução/Instagram

Angélica posando no sol

Angélica posando em foto para o Instagram; apresentadora virou defensora do uso de vibradores

Cofundadora de uma marca de vibradores, Angélica virou uma das principais defensoras do uso de brinquedos sexuais do Brasil. Desde que assumiu que usa o aparelho para obter prazer, a mulher de Luciano Huck já tocou no assunto diversas vezes para falar sobre seus benefícios. Ela revelou até que presenteou a própria mãe com um brinquedinho. Mas será que o vibrador pode fazer algum mal para a saúde sexual feminina?

Desde que falou pela primeira vez sobre o assunto, a apresentadora quebrou um tabu para diversas mulheres que a acompanham. Angélica faz questão de explicar os benefícios do uso para todas as idades e gerou polêmica quando sugeriu que um vibrador pudesse ser o presente ideal de Dia das Mães.

"Já pensou em dar vibrações de bem-estar para a sua mãe? Mas não apenas as que vão no abraço apertado ou num cartão bonitinho. Estamos falando daquela que solta serotonina e ocitocina no sangue, tem 10 tipos de vibração e visual discreto", escreveu em uma publicação.

Sempre vendido como uma forma de auxiliar a mulher a expandir seus horizontes nas relações sexuais, o vibrador também precisa ser usado com moderação. Não há comprovações científicas de que o objeto possa viciar de fato, mas ele pode, se usado de maneira exagerada, limitar os prazeres.

"É a mesma coisa em relação ao alcoolismo. Eu sei que uma pessoa é alcóolatra quando ela deixa de fazer outras coisas ou só consegue se divertir, por exemplo, se ela está bebendo. É a mesma coisa com o vibrador: quando eu sei que estou viciado? Quando eu só consigo chegar ao orgasmo se eu tenho aquele estímulo", explica o sexólogo Renan de Paula.

O vibrador surgiu justamente para encorajar pessoas a conhecerem melhor os seus corpos e entrarem em um contato mais profundo com o próprio prazer sexual. Porém, o sexólogo explica que cada relação é diferente e, se a mulher se acostuma a uma determinada potência de vibração, principalmente no clitóris, pode não encontrar mais prazer em outros tipos de estímulos.

"Você não pode ficar dependente daquele objeto, porque o dia em que você não tiver mais aquele objeto, ele não estiver na sua mão, você vai se frustrar na sua relação. O vibrador não pode gerar essa relação de dependência para a pessoa, ela não pode entender que é só com o vibrador que ela consegue chegar ao orgasmo. Na verdade, ela consegue chegar ao orgasmo independentemente do vibrador ou não, mas o estímulo do brinquedo facilita muito chegar lá", afirma o especialista.

Renan de Paula ainda afirma que algo semelhante acontece com a masturbação --tanto para homens, quanto para mulheres. "Quando você se masturba, em geral, você sabe o jeito que você gosta, a maneira com que você se toca e ocorre, muitas vezes, que a nossa evolução acaba sendo um ato que acontece rápido, em cinco minutos ou 10 minutos no máximo você consegue chegar ao orgasmo. Agora, quando você vai ter relação com outra pessoa, nem sempre acontece da mesma forma, porque você não está repetindo aquele estímulo de que você tanto gosta, a que você está acostumada ou acostumado", acrescenta.

Ainda assim, os vibradores têm muito mais benefícios para a saúde sexual da mulher do que aparentam. "Muitas mulheres nunca tiveram um orgasmo e acabam descobrindo o prazer [com os vibradores]", sentencia. 

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