VIDA MELHORA
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Fabiana Saba, do Manhattan Connection: ela descobriu que tinha o transtorno há apenas dois anos
O comportamento agitado nunca levantou suspeitas na infância nem na vida adulta. Assim, a apresentadora Fabiana Saba sequer imaginava que poderia ter Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) até receber o diagnóstico há dois anos. Ela tratava sua ansiedade a vida toda. O diagnóstico tardio a ajudou a encarar a volta à frente das câmeras aos 46 anos, depois de mais de duas décadas afastada da TV. "É uma libertação", diz.
Ela afirma que o tratamento a ajudou a conseguir focar e se organizar. "Eu sou de uma época em que essas coisas não existiam. Ter esse diagnóstico tardio foi uma coisa que me ajudou muito", afirma Fabiana.
Ela decidiu falar sobre assunto ao conceder entrevista ao Notícias da TV para falar das reportagens que está gravando em Nova York, nos Estados Unidos, onde mora com o marido e suas duas filhas, para o programa Manhattan Connection (BM&C News).
"Eu sempre tratei a ansiedade, porque fui uma pessoa muito ansiosa. E, mesmo assim, eu era uma criança agitada, era uma pessoa que estava sempre indo para uma coisa e, em vez de terminar aquilo, pulava para outra coisa. Era difícil organizar a minha vida e o meu pensamento. Era tudo um pouco caótico", resume a apresentadora.
Na busca por melhorar a sua vida, já que todo mundo tem ansiedade e não pode deixar atrapalhar o bem-estar, ela trocou de médica graças a uma amiga que observou que Fabiana poderia ter déficit de atenção, assim como o filho dessa amiga.
"Ela comentou que eu tinha sintomas parecidos. Eu falei: 'Mas TDAH é coisa de criança', pela minha ignorância E aí, a minha amiga disse que também conhecia uma adulta que tinha tido diagnóstico tardio", lembra.
Fabiana decidiu entender como nunca haviam a testado e foi atrás de esclarecer suas dúvidas. "Eu descobri que minha infância, minha adolescência, minha vida e minha carreira teriam sido bem diferente, com certeza, se eu tivesse tido o diagnóstico mais cedo", comenta a loira, antes de declarar:
Naquela época as coisas não eram assim, mas hoje em dia nós podemos ir atrás. E não tem que ter tabu, vergonha. Se você acha que alguma coisa na sua vida não está encaixando, pode ir atrás de ajuda. Para mim, tratar hoje, tomar o remédio, fazer o tratamento direitinho, é como se um véu tivesse sido levantado do meu cérebro, e as coisas passassem a fazer sentido. As coisas se encaixam agora.
Fabiana não remói o que poderia ter sido se o diagnóstico tivesse ocorrido antes. Ela foca no seu bem-estar daqui para a frente. "Foi um presente muito grande, e eu acho que as pessoas têm que ir atrás mesmo. A minha geração principalmente, porque a gente não tinha isso", comenta.
Eu não conseguia finalizar um projeto, porque eu fazia uma coisa e já me distraía para outra. Eu ficava muito agitada, e aquilo, para mim, era uma falha minha, como ser humano. Hoje, eu sei que não. Então, assim, é muito bom a pessoa ir atrás, as pessoas têm tanto tabu com o negócio de diagnóstico tardio; mas, na verdade, é um presente você saber que pode lidar com aquilo, você saber que tem solução, que tem jeito.
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