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ROCHELE NUNES

Tristeza: Judoca chora morte do irmão e perda da casa após derrota na Olimpíada

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Rochele Nunes em entrevista à Globo; atleta chorou ao revelar drama familiar antes da Olimpíada

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 2/8/2024 - 11h33

Judoca peso pesado que representa Portugal na Olimpíada de Paris-2024, Rochele Nunes não conseguiu conter o choro em entrevista à Globo. Após perder uma luta contra a bósnia Larisa Ceric, ela deu um depoimento emocionado ao repórter Marcelo Courrege e revelou que passou por um drama familiar meses antes de encarar a competição na França. 

Nascida no Rio Grande do Sul, mas naturalizada portuguesa, Rochele teve uma luta relativamente rápida, em que sofreu um estrangulamento chamado shime waza, que a nocauteou na categoria +78kg. Ela, porém, confessou que não estava no melhor momento emocionalmente, depois que seu irmão de apenas sete anos morreu. 

"Eu nem sabia se eu ia ter condições de estar aqui. Há seis meses eu perdi meu irmão de sete anos, e foi muito difícil de ser forte. Pela primeira vez na vida, eu pensei em desistir. Se eu tô aqui, é porque minha família me apoiou", declarou ela, que caiu nos prantos ao falar com Courrege.

"Foi muito difícil, desculpa", disse, antes de receber um abraço do repórter, que assegurou que ela fez seu melhor na disputa. "Existe dor maior [do que perder a luta]. Eu ter perdido ele há seis meses foi... Depois a minha mãe perdeu a casa na enchente. Foi muito difícil estar aqui mentalmente", confessou.

"Mas eu queria, eu me preparei muito, muito mesmo. Foi muito sofrido. Mas eu tô orgulhosa do meu percurso. É por isso, que eu desmaiei, eu não ia entregar de mão beijada", finalizou ela, agradecendo ao Brasil pelo apoio. 

Segunda judoca que chora

Não é a primeira vez que Marcelo Courrege precisa consolar uma judoca depois da competição nos Jogos Olimpícos. Na quinta (1º), a derrota de Mayra Aguiar para a italiana Alice Bellandi emocionou o repórter, e ele acabou chorando junto com a atleta.

Mayra ficou aos prantos descrever a tristeza de ter sido colocada para fora da disputa por medalhas na categoria até 78 kg, quando Courrege tomou a palavra para consolá-la.

"Você é uma judoca que construiu tanto pro Brasil... Eu tenho certeza de que você se cobra muito, porque a gente te conhece desde sempre, né? Quem trabalha com esporte conhece a sua personalidade", iniciou ele, que começou a chorar.

"A gente também se emociona um pouco porque sabe o quanto você representa pra esse esporte, e não é uma derrota na primeira rodada, depois da história que você construiu, que vai mudar tua história, Mayra. Eu sei que você queria a final, mas...", continuou Courrege.

A judoca, comovida, fez um pedido. "Eu não ia chorar. Posso te dar um abraço?", perguntou. Após o carinho, ela seguiu com um desabafo: "É bom escutar isso. A gente se cobra muito. Óbvio que tem a cobrança externa, mas a interna é sempre muito, muito grande. Mas é isso. É o que nos dá força, o que nos faz crescer", afirmou. 

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