Giselle De Prattes cancela férias, mas 'viaja a Nárnia' para estreia bíblica em Reis

Depois de participações em Tempo de Amar (2017) e Verão 90 (2019), Giselle De Prattes encara sua primeira personagem fixa na novela Reis. Para viver Basemate no folhetim bíblico da Record, a atriz precisou antecipar o fim de suas férias, mas nem por isso deixou de "viajar": ela se sente embarcando para Nárnia todos os dias na hora de trabalhar.

"É uma experiência muito surreal, porque você está esperando ser chamada para gravar, de repente surge um egípcio mexendo no celular, tem soldados com seus trajes sentados em cadeiras de plástico", conta ela ao Notícias da TV. "Eu brinco que estou em Nárnia", ri a atriz, em referência à terra mágica criada por C.S. Lewis (1898-1963) que rendeu três filmes entre 2005 e 2010.

Conhecida como "a mãe de Nicolas Prattes" ou "a sogra de Sabrina Sato", Giselle assegura que não se envergonha dos dois rótulos. Pelo contrário. Ela, no entanto, ressalta que quer construir o próprio caminho. Tanto que fez testes para atuar em Reis sem usar nenhum contato, como qualquer atriz iniciante.

"Eu nunca tinha feito nada na Record, não conheço ninguém lá. Eles me acharam pelo Elenco Digital [plataforma online para produção de elenco]. Gravei meu vídeo, enviei, e depois recebi a notícia. Inclusive, eu estava viajando de férias quando me avisaram que eu tinha sido aprovada, precisei até antecipar a minha volta em um dia", lembra.

A atriz ressalta que não fazia ideia do tamanho das produções bíblicas da Record até chegar aos estúdios. "Eu me surpreendi. Tem cenas gigantescas, de várias páginas, com figurantes, é tudo muito grande. Teve um dia em que eu saí de casa 6h30, voltei quase 19h, e a gente só gravou uma sequência. Eu chego em casa destruída, porque é muita emoção, mas muito feliz também!"

Tocada pela fé

Giselle aponta que não é evangélica nem segue uma religião específica, mas se considera uma mulher de fé. "Eu já tive vários momentos espirituais. Hoje, acredito em Jesus Cristo como um Deus, sigo essa hierarquia, para mim não tem ninguém acima Dele", resume.

"Mas é óbvio que, quando você se aproxima de uma história dessas, de um texto assim, você acaba tocada. Gosto muito de ver o poder da fé na vida das pessoas, entender o que ela consegue mover é algo que me interessa. E é muito bonito! Eu me emociono vendo Reis, com as cenas dos outros. É bonito ver como as coisas se transformam pela fé, você sente a mão de Deus."

Ela, inclusive, aposta que essa força da fé é um dos motivos para a ótima aceitação das tramas religiosas. "São vários fatores, né? Tem a Bíblia, mas também tem o folhetim, os conflitos humanos, é como uma novela mesmo... Os autores misturam uma linguagem mais formal com uma mais cotidiana, que deixa tudo mais acessível."

Agora, Giselle aguarda ansiosamente o retorno de Reis à programação, já que Basemate deve ter mais destaque na 12ª temporada, A Emboscada, ainda sem previsão de estreia. "Eu estou gravando bastante, e a personagem já está compreendida, mas nem por isso fico mais tranquila. Quando não estou no estúdio, fico estudando o texto, procurando referências. É um processo que nunca acaba, mas que eu amo. Artista é um bicho inquieto (risos)", brinca.