Deborah Secco fecha com a Globo para apresentar reality show sobre poliamor

A atriz Deborah Secco encerrou seu contrato com a Globo em julho, depois de 29 anos de casa. Mas não ficou nem um mês sem vínculo. Em agosto, a intérprete assinou um novo contrato com a emissora, desta vez como apresentadora. No próximo dia 15, ela começa a gravar Poliamor --reality show que vai mostrar as mais diferentes formas de amar e formatos de casais e relacionamentos.

O programa só será exibido em 2025, a princípio no catálogo do Globoplay, mas é possível também que entre na grade dos canais pagos GNT ou Multishow. A TV Globo ainda não manifestou interesse no projeto.

A produção tem sido mantida em sigilo. Aos amigos mais próximos, Deborah, 44 anos, tem dado poucas informações, seguindo recomendações da Globo. O Notícias da TV apurou que a emissora praticamente emendou o contrato de atriz com o de apresentadora para não correr o risco de perdê-la para a Record ou Band, que chegaram a sondá-la.

O último trabalho de Deborah na Globo foi o remake de Elas Por Elas, novela das seis encerrada em abril. No Rock in Rio, ela disse à repórter Ana Cora Lima, do F5, que a decisão de romper o contrato de atriz foi da emissora.

"Jamais encerraria o meu contrato", disse ela. Ela "aceitou" a nova realidade da empresa que não mantém mais um vasto elenco fixo e fecha contratos apenas pelo tempo de duração de cada trabalho. "Aceitei. O mundo mudou muito. Veio a internet, os streamings, enfim. Temos agora um formato que é ótimo, tanto para eles quanto para a gente."

Poliamor é um assunto que Deborah gosta. A palavra designa a possibilidade de uma pessoa se relacionar e manter sentimentos amorosos com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Ela mantinha um casamento aberto com Hugo Moura, pai de sua filha Maria, de 8 anos. Eles se separaram no início deste ano, mas a notícia só veio à tona em abril.

Em janeiro, Deborah falou ao podcast Diaz On, da atriz Carla Diaz, e criticou a monogamia. "Eu não sou vulgar, a minha opinião sobre liberdade feminina é ainda um choque para uma sociedade machista, quando eu falo sobre relações abertas, monogamia, sobre liberdade sexual, prazer. Eu olho para o mundo com um olhar que tenta enxergar uma verdade não hipócrita, tento enxergar as pessoas de verdade, as relações de verdade", disse.

Para a atriz, monogamia é um conceito machista imposto às mulheres: "Eu acho difícil mesmo homens monogâmicos a longo prazo, acho difícil pessoas monogâmicas a longo prazo. Acho quase impossível. O homem é criado para não ser monogâmico. A sociedade criou o homem para ser garanhão. Talvez eles até queiram ser [monogâmicos], mas eles foram criados para não ser".