Qual é a fortuna de Silvio Santos? Apresentador deixou herança bilionária

Silvio Santos (1930-2024) morreu na madrugada deste sábado (17) e deixou seus herdeiros em situação financeira confortável. O apresentador e empresário fazia parte da lista de bilionários brasileiros e construiu um patrimônio com mais de 30 empresas. Atualmente, o veterano tinha fortuna estimada em R$ 1,6 bilhão.

Em 2013, o comunicador foi incluído pela primeira vez na famosa lista de bilionários divulgada pela revista Forbes, referência em pautas de Economia. Logo após este anúncio, ele chegou a dizer que não se importava em levar uma vida de muitos luxos.

"Sempre sonhei em ter no Brasil uma vida como os americanos têm nos Estados Unidos. Sempre achei que a melhor maneira de se viver é como um cidadão de classe média, tudo aquilo que passa de alguém que possa ter o suficiente pra viver de um cidadão de classe média, na minha opinião amalucada, é troféu. O dinheiro pra mim representa apenas troféus de sucesso, troféus de vitória", declarou, em um evento para funcionários do SBT, segundo o jornal O Globo.

O patrimônio de Silvio Santos começou a crescer em 1962, quando o apresentador comprou o empreendimento Baú da Felicidade e fundou o Grupo Silvio Santos. Em 1975, ele passou a comandar o Canal 11, no Rio de Janeiro, e em 1981 conquistou a concessão de mais três canais de TV, o que deu início ao SBT.

Silvio Santos levou o SBT a se tornar a segunda maior rede de televisão do Brasil, com 114 emissoras afiliadas no país. Em audiência, está em terceiro lugar, atrás de Globo e Record.

Além da emissora, ele diversificou os negócios e deixou 30 empresas. Entre elas, há a Simba Content, programadora que negocia conteúdo de Record, SBT e RedeTV!; e companhias como a Liderança Capitalização (promotora da Tele Sena); o hotel Jequitimar, no Guarujá, litoral de São Paulo; e a Jequiti Cosméticos.

Rombo e fraude

O patrimônio do apresentador, no entanto, já foi superior. Ele teve problemas com seus investimentos e aplicações financeiras. Silvio Santos foi acionista controlador do Banco PanAmericano S.A. No final da década de 2000, o Banco Central descobriu um rombo bilionário por fraudes cometidas por funcionários de alto escalão entre 2006 e 2010.

O empreendimento vendia crédios para outras instiruições financeiras, mas maquiava os resultados das operações. O rombo chegou a R$ 4,3 bilhões.

Para que o banco não quebrasse, o Grupo Silvio Santos ofereceu bens como garantia para conseguir um empréstimo com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Trata-se de uma instituição privada que recebe anualmente 0,15% dos depósitos feitos pelos bancos, com o objetivo de socorrê-los se for necessário. O PanAmericano foi vendido ao BTG Pactual em 2011 e rebatizado de Banco Pan.

Em 2013, Silvio Santos estreou na lista de bilionários da Forbes na 59ª posição, com patrimônio de R$ 2,67 bilhões na época. Em 2023, sua fortuna estimada foi de R$ 1,6 bilhão, na posição 209º no ranking geral de bilionários do Brasil.