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EM SÃO PAULO

Músico do Domingão do Faustão, Caçulinha morre aos 86 anos após infarto

REPRODUÇÃO/ACERVO PESSOAL

Rubens Antônio da Silva, o Caçulinha; ele morreu na madrugada desta segunda (5) em São Paulo

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 5/8/2024 - 6h45
Atualizado em 5/8/2024 - 7h21

O cantor e compositor Rubens Antônio da Silva, conhecido como Caçulinha, morreu aos 86 anos na madrugada desta segunda (5). Ele estava internado havia cerca de dez dias no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, mas não resistiu às sequelas de um infarto. 

As informações foram divulgadas pelos familiares ao G1. O maestro era conhecido por suas participações no Domingão do Faustão (1989-2021), programa do qual ele coordenou a trilha sonora ao vivo durante 20 anos. Ele deixou a atração em 2009 após fazer críticas a Fausto Silva.

O músico também comandou a banda que abria e fechava os intervalos do programa humorístico Sai de Baixo entre 1996 e 2002.

O velório será na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, das 11h às 15h. O sepultamento será às 16h no mesmo local.

Carreira extensa na TV

Músico desde criança, Rubens Antônio da Silva fez sua estreia na televisão em 1965 --apenas 15 anos após a primeira transmissão de TV no Brasil. Ele foi contratado pela Record para participar do programa O Fino da Bossa (1965-1967), apresentado por Jair Rodrigues (1939-2014) e Elis Regina (1945-1982).

Na emissora, acabou emendando especiais musicais e participações no Esta Noite Se Improvisa (1967), gincana chefiada pelos Trapalhões, e Bossaudade (1965-1966). Mas ele atingiu o estrelato na década de 1980, quando deixou a Record para apresentar o próprio programa, o Caçulinha Entre Amigos, na Band. Lá, conheceu Fausto Silva e foi integrado pelo elenco do Perdidos na Noite (1986-1988).

Ele seguiu com o apresentador para a Globo, onde os dois tocaram o Domingão do Faustão desde 1989. Mas o formato do programa de Fausto Silva incomodou o músico a ponto de ele ter um "momento sincerão" em 2009. O fato teria causado mágoa no apresentador, que, segundo a Folha de S.Paulo, decidiu afastá-lo.

O maestro saiu do programa, mas foi mantido na geladeira da Globo durante cinco anos. Mas o pianista afirmou não ter ressentimentos da emissora. "Continuo sendo amigo deles. Me pagaram direitinho tudo o que eu tinha direito e o que não tinha. Eu, claro, gostaria de estar lá até hoje", disse ele ao Domingo Espetacular em 2020.

Só em 2015 o músico pôde recomeçar em outra emissora: a Gazeta. O artista passou a comandar o quadro Causos & Canções, no qual apresentava trabalhos autorais e contava histórias de sua vida dentro do programa Todo Seu, de Ronnie Von.

“Eles me falaram que não teria mais espaço para o piano no estúdio”, contou ele. O programa havia sido reformulado para virar uma atração vespertina. Desde então, o compositor estava afastado da televisão. 

Criança prodígio

Natural de São Paulo, Caçulinha nasceu em 1938 numa família musical. O pai dele, Mariano de Silva, foi um compositor sertanejo que fez sucesso no interior de São Paulo, principalmente em Piracicaba.

As raízes se mostraram frutíferas: aos oito anos, ele já era capaz de tocar acordeão perfeitamente. Mas o que mais surpreendia a família era sua capacidade de identificar ou recriar qualquer nota musical, mesmo sem ter um tom de referência. Familiares contam que ele reproduzia na sanfona qualquer música que o pai e o tio cantarolavam.

Ele, então, passou a formar uma dupla sertaneja com o irmão, Caçula --de quem herdou o nome artístico. Rubens Antônio foi batizado como Mariano num primeiro momento da carreira, mas acabou se apropriando do "Caçulinha" quando amadureceu na música.

Ele passou a se apresentar em boates paulistanas a partir dos 20 anos. A essa altura, o artista já tocava piano, violão, acordeão e escaleta.

Neste período, teve seu talento reconhecido e passou a acompanhar artistas como Luiz Gonzaga (1912-1989), Roberto Carlos, Erasmo Carlos (1941-2022), João Gilberto (1931-2019), Wilson Simonal (1938-2000), Dominguinhos (1941-2013), Gonzaguinha (1945-1991), Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa (1945-2022), Maria Bethânia e Milton Nascimento.

Ao longo da carreira, gravou 31 discos de vinil. O mais recente foi lançado em novembro de 2019, em comemoração aos 60 anos de carreira na música e na televisão brasileira.

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