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NOVA ERA

Após 40 anos, Globo dispensa autor de I Love Paraisópolis e Tempo de Amar

ESTEVAM AVELLAR/GLOBO

O dramaturgo Alcides Nogueira usa uma camiseta preta e um blazer cinza

O dramaturgo Alcides Nogueira no lançamento da novela I Love Paraisópolis (2015), da Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 20/4/2022 - 21h27

A Globo confirmou nesta quarta-feira (20) a demissão do autor de novelas Alcides Nogueira, vencedor do Emmy Internacional de melhor telenovela em 2011 com O Astro. O dramaturgo de 72 anos estava na empresa há mais de 40 anos. Seu trabalho mais recente na emissora foi em 2017 com o folhetim Tempo de Amar, exibido na faixa das seis. 

"Alcides Nogueira é uma grande referência da dramaturgia brasileira e coleciona sucessos ao longo das últimas décadas na televisão, como o Emmy 2011 com O Astro", disse a Globo, em nota, ao Notícias da TV.

A emissora afirmou que o escritor "tem abertas as portas da empresa para futuros projetos em nossas múltiplas plataformas" e que a "não renovação do contrato não significa o final de uma parceria".

A Globo reforça que vem adotando novas dinâmicas de trabalho e está em "sintonia com as transformações pelas quais passa o mercado". "O novo modelo de gestão de talentos permite que essa parceria seja renovada em muitos outros formatos e projetos futuros."

Com mais de 20 títulos entre novelas e séries, Alcides Nogueira ingressou na Globo no início dos anos 1980 como redator de publicidade. Após vencer o prêmio Molière por duas vezes com Lua de Cetim (1977) e Feliz Ano Velho (1982), ele foi convidado por Paulo Ubiratan para integrar a equipe de redatores de teledramaturgia da emissora. 

De acordo com o Memória Globo, o primeiro trabalho do novelista como roteirista foi no programa Caso verdade, em 1982, adaptando histórias enviadas pelos telespectadores. Dois anos depois, fez sua estreia em novelas ao lado de Walther Negrão em Livre para Voar.

Ele assinou ainda tramas como Força de um Desejo (1999), Ciranda de Pedra (2008) e I love Paraisópolis (2015). Também trabalhou ao lado de Gilberto Braga, Silvio de Abreu e Maria Adelaide Amaral, com quem escreveu as minisséries Um Só Coração (2004) e JK (2006).

"Eu fui muito feliz na Globo, fiz projetos bacanas, convivi com gente muito legal, não tenho do que me queixar", disse o autor à coluna de Cristina Padiglione no jornal Folha de S.Paulo. 

Reformulação

Em março, a Globo também preferiu não renovar com Paulo Halm, autor dos sucessos Totalmente Demais (2015) e Bom Sucesso (2019). Na emissora desde 2008, o novelista era parceiro frequente de Rosane Svartman, que escreve sozinha a trama para a faixa das sete, substituta de Cara e Coragem.

No ano passado, Halm chegou a apresentar projetos de série e novela que não foram aprovados. Uma das ideias sugeridas por ele foi uma história para as seis, Paixão Nacional, uma comédia sobre o amor dos brasileiros pela teledramaturgia. A outra, uma série policial, intitulada Os filhos da Paixão.

Foi assim também com Elizabeth Jhin, em junho do ano passado. Autora de sucessos como Espelho da Vida (2018) e Além do Tempo (2015), a novelista que ficou marcada por abordar a temática espírita em suas tramas e não teve o vínculo renovado depois de 30 anos.

Autor do fracasso O Sétimo Guardião (2018), Aguinaldo Silva foi demitido da Globo, em janeiro de 2020, após mais de 40 anos na empresa. Responsável por mais de 20 trabalhos na Globo, o veterano ganhou o Emmy Internacional de melhor novela em 2014 com Império e não tinha projetos na emissora para os próximos anos.

Silva é o criador de um dos maiores sucessos das telenovelas até hoje, Senhora do Destino (2004), trama que bateu recorde até quando foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo. 

Lícia Manzo, autora de Um Lugar ao Sol, também não vai ter seu vínculo renovado ao fim do seu contrato, que termina em julho. A autora escreveu A Vida da Gente (2011) e Sete Vidas (2015), na faixa das seis, e estreou no horário nobre com Um Lugar ao Sol (2021).


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